Cordel - Anna Kariênina em cordel
Alguns apelidos:
1 Daria é chamada Dolly.
2 Katarina é chamada Kitty.
3 Oblonsky é chamado Stiva.
4 Lióvin é chamado Kóstia.
Cordel:
A Literatura mostra
A visão que nos corrói
O pensamento, a fé elas ideias
Que o preconceito destrói
Como a história que foi criada
Por um escritor russo Tolstói.
A força me seja a grande
Consorte da minha sina
A graça venha ao papel
Contar a vida de menina
Os pesares, os amores e a dor
Da infeliz Anna Karenina.
Parte 1
Karenina foi a Moscou
Para agir com compaixão
Ao casal Oblonsky e Daria
Que viviam em confusão
Por causa da preceptora
Que não largava seu irmão.
Quando desce na estação
É avistada por um jovem
Conde Vronsky era a alcunha
Um acidente lhe comove
Um rapaz morre no trem
Oblonsky de lá a remove.
O conde Vronsky é atraente
E enamora Katarina
Competindo com Lióvin
Pela mão dessa menina
Mas no baile sua atenção
Foi para Anna Karenina.
O casamento do irmão
Anna consegue salvar
A pessoa daquele jovem
Já não vai lhe abandonar
Katarina vai ao seu encontro
E vão ao baile pra bailar.
Kitty chora amargamente
A decepção vivida
Vronsky dança só com Anna
Que em tudo é atrevida
E Lióvin foi dispensado
Com a moral bem combalida.
Anna volta a Petesburgo
Para viver com o marido
Vronsky vai no mesmo trem
Com seu amor desenxavido
O marido não percebe
Que o amor está consumido.
Parte 2
Kitty vai para o exterior
Tomar ares, recuperar.
Oblonsky visita Lióvin
Faz seu amor reverberar.
Anna se rende a paixão
E dali vai engravidar.
Vronsky gosta de cavalos
Vive em busca de aventura
Vai correr com obstáculos
Quase quebra a ossatura
Ana vê e se descontrola
Agindo sem compostura.
O marido lhe socorre
E faz grande advertência
Na caminho para casa
Anna lhe faz a confidência
Releva que Vronsky é amante
Quer fugir da residência.
Parte 3
Lióvin busca a paz no campo
Vivendo pra reflexão
Sobre ética, moral e fé
Assim também a religião
Ruminando aquele amor
Mantendo obstinação.
Oblonsky pede sua ajuda
Para vender um bom terreno
Explica pra o amigo Kóstia
Diminuindo o veneno
A esperança lhe retorna
Lióvin fica mais sereno.
Numa caminhada só
Buscando uma camponesa
Dá de cara com a carruagem
E Katarina indefesa
Reacende aquela paixão
Diminui aquela tristeza.
Karienin pensa no filho
E na sua posição
Para evitar muitos escândalos
Não cede a separação
Explica a Anna Karenina
Para mudar a decisão.
Parte 4
Anna e Vronsky se vêm na casa
O marido quer ter o divórcio
Oblonsky e sua consorte
Numa conversa em consórcio
Mudam o rumo desta história
O marido vive no ócio.
Karenina vai dar à luz
Prostrada à beira da morte
O marido perdoa Vronsky
Que sai dali e tenta a sorte
A bala sai de raspão
Ele deseja ir pro norte.
Ana está desesperada
Pra despedir de seu amor
Chama Vronsky pra fugir
A Europa com esplendor
Abandona o filho amado
E daí começa seu horror.
Lióvin parte para cima
Chama Kitty a conversar
Sem papel, caneta e fala
Mostra o que lhe interessar
Kitty aceita este noivado
Pra nova vida iniciar.
Parte 5
O casamento acontece
Para o amor que os conforte
Um irmão deste marido
Adoece e perde a sorte
Katarina vai ajudar
A história termina em morte.
Katarina avisa ao esposo
Com leveza e rapidez
Que a consagração do amor
Precisa ter solidez
Comunica com alegria
Seu estado de gravidez.
Anna e Vronsky estão sem graça
Vivendo sem agitação
O tédio é a palavra certa
Para dizer a situação
Eles voltam a Petesburgo
Fugindo da solidão.
Mesmo tida como morta
Ao filho se fez presente
No dia de seu aniversário
Foi lá sorrateiramente
Enfrentou a situação
Do marido intransigente.
Na primeira aparição
Que Anna fez a sociedade
Foi numa peça de teatro
Buscando ter alacridade
A humilhação foi forte
Sem pena nem piedade.
A humilhação sofrida
E a vida sem viver em encanto
Deram forças ao casal
Para irem morar no campo
Achar sua felicidade
Tendo a calma como manto.
Parte 6
Parentes vão visitar
Kitty na sua gravidez
Um primo sem compostura
A paquera descortês
Lióvin o expulsa de casa
Demonstrando o que era a lei.
Na outra casa do campo
Dária foi fazer visita
Felicitar Karenina
Percebendo-a esquisita
Nos momentões de tristeza
De morfina era adicta.
Dolly voltou para vasa
Anna fez uma sugestão
Voltarem para Moscou
Tentar nova situação
Do ciúme e da tristeza
Fazerem contestação.
Parte7
Liovin vai passar seu tempo
Com Katarina em Moscou
Preparar para dar a luz
Do ser que ele gerou
Com Oblonsky foi visitar
Anna que lhe conquistou.
O ciúme de Katarina
Fez o casal retornar
Para sua terra natal
Ao parto poder se dar
Nascendo um menino lindo
Para a família alegrar.
Anna sentia amargura
Sofrimento, ciúme, dor
O tédio da solidão
Por Vronsky era rancor
Da morfina fazia abuso
Da morte não tinha horror.
Da morte ficou amiga
Com ciúme de vai e vem
Uma confusão mental
Vendo Vronsky num harém
Suicidou-se sem ter pena
Se chocando com um trem.
Parte 8
Karienin se entregou a paz
À justiça e ao perdão
Pediu a filha de Vronsky
Como filha de criação
Seu caráter de bom homem
Fez da vida salvação.
Vronsky ficou desolado
Da situação vivida
Uma filha sem ter mãe
Um final sem despedida
Foi voluntário da guerra
Fazer cabo da sua vida.
Lióvin fazia compêndios
Buscando Deus na razão
Encontrou uma resposta
Fora da sua reflexão
Em uma conversa informal
Sendo da mundo um irmão.