segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Feliz aniversário, Timbó


 

De Gerson Odilon em 7/12/2020

O nosso grupo se anima 

Alegres a parabenizar 

Este amigo tão querido

Que acaba de aniversariar 

São tantas as felicitações 

Rebuscadas de emoções 

Que fazem o Timbó vibrar


- Parabéns amigo Timbó!

Diz nosso grupo em refrão 

Cantando. Batendo palmas.

Todos cheios de emoção

Esse Timbó é o cara

Um professor joia rara

Em qualquer ocasião


Timbó tu és um amigo

E toda amigo é assim

Admirável e polido

Sadio e sem farnizin

Pelas qualidades que tens

Estes votos de parabéns 

São flores pro teu jardim.


Caríssimo aniversariante 

Seja feliz e sorria, 

Com as bênçãos do bom Deus

E a proteção de Maria

A sua vida seja de Luz

Que as GRAÇAS de Jesus

Façam brilhar o seu dia


Aproveito e ainda mando

Um abraço muito apertado

Pra toda sua família 

Que está sempre ao seu lado

Te amando e querendo bem

Pois igual a você não tem

Um coração tão amado.


Te desejamos a paz

Muito amor e luz divina

Felicidades pra sempre

É Deus quem te ilumina

Pra você tudo de bom

Deseja Gerson Odilon

E os profs de Medicina.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

O mal servidor


 

Serviço que se diz público 

Tem lá um tal de servidor 

Pergunta pra refletir:

“- Que faz este trabalhador?”

Parece que faz lição

Para aprender humilhação 

A qualquer um que pra ele for.


Servidor não quer ajudar

Está sempre de mal humor 

Sem pressa pra resolver

Seja o problema qual for

Se importa com seu descanso 

Com espírito de remanso

E ainda se diz bem feitor.

O poder da leitura


 

Aquele que escreve um livro

Conversa com seu leitor

Demonstra a serenidade

E a capacidade ao humor

Com palavras se traduz

O que a fantasia lhe induz 

Escrevendo com fulgor.


O escritor tenta mostrar

Pensamento que engrandece 

Com seu olhar pesquisador

Transforma o que acontece 

O leitor maravilhado 

Na leitura é transformado 

Lendo a história que apetece.


O escritor busca na vida 

Na fantasia e no amor

O que deve ser contado 

Sem desespero e pudor 

Relatando num romance 

O que lhe for interessante 

Sendo pra vida um tutor.


A história pode ser um drama

De fantasia e de terror

O que importa é o aprendizado 

Que se instala no leitor

Na cabeça de quem lê 

Tem a alegria de quem crê

Que fantasiar é encantador.


A leitura será rica

Se o leitor souber ver

O que existe de melhor

Por trás do que está a ler

No gênero, na alegria 

Da história que contagia 

No que o autor quer lhe dizer.


A história é mestra escrita

Inventada pelo autor

A interpretação não é dada

Cabendo a cada leitor 

Dar vida ao que não vê

Aprendendo com o que lê

Sendo o livro um professor.


O pensamento de um autor

Parece ter vilania

Rico na reflexão 

Tempero para a alegria 

Para o que a mente se cala

A Literatura fala

Antes da Filosofia.


A leitura assim completa

A mente que está vazia

Do saber que é preciso

Pra fugir a melancolia 

Manter a conduta coerente 

Se comportar como gente

Pra fazer benfeitoria.


A escrita pode ser uma arma

A leitura, a munição 

Mestre sem dizer palavra 

É o saber e a motivação 

Para o homem se transformar

Em sua forma de pensar

E viver com reflexão.


A pessoa que faz a leitura 

Interpreta a informação 

Contida no romance 

E oculta para intuição 

Cabendo-lhe reter

Aquela que vai viver 

Dentro da imaginação.


Não existe livro ruim

Mas aquele que não marca

O leitor que tem preparo

Faz do livro seu comparsa 

O leitor despreparado 

Fica todo atrapalhado

A mente boa como garsa.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

A alegria da leitura



 A arte pra todos  barata
Para um dia de sol e de chuva
Existe em qualquer lugar
Sendo doce como uma uva
É ler para transformar 
Não há melhor pra começar 
Que a leitura de A Mão e a Luva.


O melhor livro do mundo

Para pessoas memoráveis 

Sem falar na religião 

E seus livros favoráveis 

Sem dúvida é de um francês 

Quem já leu fala cortês 

Victor Hugo e Os miseráveis.


Se o desejo for o Brasil

Ou entender o que for seu lema

Busque por um autor nacional 

Comece lendo Iracema

Continue em Macunaima 

Morte e Vida Severina 

Complete com a leve Helena.


Para a força do trabalho 

E o valor que tem o serviço 

Veja um livro do Brasil

Com atropelos e rebuliço 

Que tem sexo e safadeza 

Mostra a nossa natureza

Não se esqueça de O cortiço. 


O momento é para ler

Fazer do livro seu amigo

Começar por Dostoiévski 

Que nunca foi repetido

Quando se sentir seguro

E o saber  estiver maduro 

Inicie em Crime e Castigo.


Quanto mais puderes ler

Mais se tornará capaz

Para discernir na vida

E acertar no que se faz

Para se tornar pensante 

Faça a leitura empolgante 

Daquela obra Guerra e Paz.


Uma história bem cuidada 

Simples e linda como uma arpa

Repleta de ensinamentos

Que parecerá uma carta

Vai fundo no coração 

Trazendo iluminação 

É a obra chamada Sidarta.


Se o interesse for por doença 

Ver o médico em passarela 

Procure pelo autor russo

Não entre pela janela 

Buscando se concentrar 

Para poder se alegrar

Na leitura A Cidadela.


Para entender o pensamento 

De um personagem mancebo 

Busque ler um psicológico

Para perder o seu sossego

Que mostra partes da vida

Aventuras sem medida

Reflita em O vermelho e o negro.


A força do grande amor

Que parte do coração 

Nada melhor que Camilo

Com a sua imaginação 

Das terras de Portugal 

Com a força fenomenal

Leia Amor de Salvação.


A escuridão do intelecto 

Ou o espírito do sujeito 

Estão ocultos para todos

Ninguém entende seu conceito 

Já o sentimento se sente

Estão no âmago da gente 

Veja Orgulho e preconceito.


Aquela viagem esperada

Requer para você um quepe 

Espírito aventureiro 

A animação de um moleque

Uma leitura boa assim

Tão leve quanto um jasmin

Você verá lendo A estepe.


Contos que são fantasia

Com figuras imaginárias 

Contendo crime e suspense 

E personagens lendárias

Comece a ler logo agora

Não chegará ao raiar da aurora 

Chore em Histórias extraordinárias.


Se a leitura for fantástica

Misturada com neurose

A transformação constante 

Com a realidade em simbiose 

Não perca oportunidade 

Ganhando maturidade 

Com o llivro Metamorfose.


Para um livro de aventura 

Riso, choro, luta e trote 

Não perca oportunidade 

Nem deixe escapar o mote

Veja o primeiro volume

Fique longe do azedume

Se divirta em Don Quixote.


Se o desejo for ler intrigas

Lutas, mortes, ação e o que enleva

Busque livros de aventura 

Ou que em ti a alegria conversava

Se uma dica puder dar

Verá depois de comprar

Veja O coração das trevas.


O melhor conto já feito

Não conseguiria dizer

Neste mundo dos escritores

Não tem como concorrer

Aqui no Brasil ou lá fora 

Toda história é sonora

Não tem como se escolher.


Leitura é o melhor caminho 

Pra dar na tristeza um grito

A leitura dos bons clássicos 

Vai trazer todo conflito

Para fazer a reflexão 

Encantar a imaginação 

Para tornar-se um erudito.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

A cobra no divã



A fábula aqui contada 
É comum entre os animais 
Recitada com maestria
Em seus aspectos gerais
Revelada ao coração 
Vinda da imaginação 
Para quem deseja a paz.

A cobra olhava o horizonte 
Parada no precipício 
Refletindo na sua vida
Daquele átimo até o início 
A ponto de se jogar
Caindo para se matar
Acabando seu suplício.

Deus, que fala para todos,
Profundo, mas com clareza
Aos peixes pelo maré 
Ao homem pela pobreza 
Pela oração a quem tem fé 
Aos povos como Javé 
A ela por mãe natureza.

Apareceu Deus por ali 
Com a forma que lhe cabia
Com a firmeza de quem é mãe 
E o prazer de quem sorria
Esperando que falasse
O que a ela incomodasse
Pra dizer-lhe o que faria.

“Veja só, mãe natureza,
Por que me fizeste ruim
Rastejando em vez de andar
Não pulo como saguim 
Com veneno pela boca
Voz fraca e jeito de louca
Que todos querem meu fim?”

Deus em forma de natureza 
Resolveu lhe revelar: 
“Cada animal estando vivo
Tem sua forma e seu lugar
A função de cada ser
Não pode se desfazer 
Nem você pode mudar.

“Ninguém nasce sendo ruim
Não se julga por aparência 
O interior é que demonstra
O pensamento e a essência.
A atitude, a ignorância
O tratar sem importância 
É a maldade da consciência.

“Jeito de louca não tens
Só um modo particular
De conviver na floresta 
Para caçar e alimentar
O jeito não mostra a ação 
Nem tão pouco o coração 
Mas pode sim incomodar.

“Todo mundo quer seu fim
Por não entender sua função 
E tudo que não se sabe
Lhes causa consternação 
A morte existe pra vida
Como um ponto de partida 
Para outra constelação.”

A cobra não satisfeita
Disse que nada entendia 
A natureza lhe enviou
Para quem tudo sabia
Embora era carrancuda
No corpo de tartaruga 
A quem tudo compreendia.

A cobra rasteja a longe 
Em direção a uma lagoa 
Encontrando lá sentada
Com um jeito de gente boa
Em prece e meditação 
Com um mantra em repetição 
Como quem tem a mente em loa.

Assim que chegou por lá 
Foi no chão se acomodando 
A tristeza veio na fala
O corpo foi se enrolando 
Com um ar de serenidade
Franqueza e sagacidade
Foi logo lhe perguntando:

“A mando da natureza 
Vim para pedir guarida
Para entender sobre mim
O que me deixa destruída 
Por favor responda agora
De uma forma bem sonora.
Que sentido tem está vida?”

A tartaruga pensou
Naquela pobre aprendiz
Que só pensava em tristeza 
Falando como um juiz: 
“Você deve de primeira 
Deixar a sua vida rasteira
Viver em grupo e ser feliz.

“Quando for ter uma conversa
Use a palavra pensada
Evitando sempre a ofensa
Fazer cara de assustada
Se pedirem algum conselho 
Imagine-se no espelho
Nunca dê resposta irada.

“Quando houver necessidade 
Vá lá junto socorrer
Seja a fome,  o desespero 
Ou na falta do comer
Quando você for agredida
Compreenda como amiga
Tente não fazer sofrer.

“Promova ações positivas
Trabalhe fazendo a paz
Afaste-se do que é triste 
Na vida seja capaz
Faça do bem a sua razão 
Desaconselhe a desunião 
Com a fé seja sagaz.

“A fé que não tem sentido
É viver sem compaixão 
Conviver na sociedade
Tendo em si a solidão 
Sempre virando a cabeça 
A todo ser que  pareça 
Não ter ética por razão.

“Quando se sentir perdida
Busque em tudo a harmonia
Muita paz e prosperidade 
Procure a sabedoria
Abandone a violência 
Presenteie com paciência 
Para os demais seja guia.”

A cobra, com jeito parva,
Fez cara de não saber
Como seria d’ali a frente
E o que deveria fazer
Falou com jeito esquisito:
“E como faço tudo isso?”
Com o olhar de quem vai sofrer.

A situação era normal
A quem pensa e já ensinou
A cobra ali perguntava
O que lhe atrapalhou,
A dúvida da pergunta 
O mestre ilumina e junta,
A tartaruga falou:

“Viva a vida que já têm
Dos problemas saia sorrindo
Seu veneno seja o amor
Não fiquei se destruindo 
Na hora da discussão 
Seja pai, amigo ou irmão
Deixe a alegria ir lhe fruindo.

“Pratique a sua vida toda
Para o mal se resolver
Faça da vida a oração 
E o caminho a percorrer
Busque a paz no sentimento
Tenha Deus no pensamento 
O resto, será viver.”

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A história da pastora Marcela



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Peço ao deus da fantasia
Que me torne tagarela
Para contar num cordel
Uma estória mais que bela
Inventada por Cervantes
Sobre a história de Marcela.

Relatada em Don Quixote
Quando o mesmo caminhava
No clareira da floresta
Quando tudo observava
Na hora de um funeral
A pastora que chegava.

A chegada causou espanto,
Raiva, descontentamento
Alguns sentindo desprezo,
Revolta por sentimento
Da presença por zombar
Daquele falecimento.

O enterro ficará aqui
No centro desta floresta
Você volta um pouco atrás
Para saber que história é esta
Entre Marcela e Grisóstomo
E por que não acabou em festa.

Marcela nasceu formosa
De berço muito abastada
Tinha filosofia simples
De carinho foi cercada
A beleza lhe crescia
Entre todas, a desejada.

Decidiu viver isolada
Nos recantos da floresta
Como pastora de ovelhas
Levando a vida sem festa
Curtindo sua liberdade
Com uma alegria bem modesta.

Andando com seus animais
De um jeito bem animado
Apareceu-lhe Grisóstomo
Com seu proceder educado
Vendo ali a linda pastora
De súbito foi apanhado.

Grisóstomo fez de tudo
Para ter admiração
Flores, conversas, dinheiro
Falou de grande paixão
Em nada ela demonstrou
Que abriria seu coração.

Ela decidiu viver
Feliz naquela floresta
Pastorando seus animais
Fazendo o viver em seresta
Comendo dignamente
Saboreando a vida honesta.

A felicidade dela
Era viver em solidão
Longe dos desmerecidos
Que queriam seu coração
Tinha por mãe a natureza
Ser livre em convicção.

Era visita, elogio
E conversas com louvor
Em tudo se esquivava
Marcela sentindo horror
Depois de muito tentar
Ele se mata por amor.

Os amigos puseram a culpa
Em Marcelo por este norte
Como se ela fosse a causa
Ou se ela fosse a consorte
Para todos era homicídio
Esquecendo a causa-mortes.

Marcela não teve culpa
Da morte deste sujeito
Decidindo ir lá no enterro
Sabendo deste preceito
Falando a quem lá estivesse
Refutando o preconceito.

Ela segue na floresta
Para ver o sepultamento
Preparando suas palavras
Afinando o pensamento
Para que representasse
O âmago do sentimento.

A chegada foi a surpresa
Causada com grande espanto
Da mulher que era assassina
Despertando o desencanto
No enterro de Grisóstomo
Aumentando todo pranto.

Ela sobe uma colina
Sem pensar que seria presa
Confiando no seu discurso
Vislumbrando sua empresa
Assim foi como se deu
A fala da sua defesa:

- Toda beleza atrai o olhar
Sendo feita pra ser vista
Adentra no coração
Por todos sendo bem-quista
Despertando a fantasia
Pensamentos de alegria
Não tem ser que a ela resista.

“O amor não é obrigação
Daquele que veio bonito
Já pensou se eu fosse amar
Branco, preto, pobre e rico?
Uma Marcela pra o mundo
Não havia primeiro e segundo
Seria causa de fuxico.

“A beleza vem de Deus
Concedida sem pedido
Não se trata de desejo
Muito menos de castigo
É sofrimento a quem é feio
Que perdeu neste sorteio
Sem poder ser acudido.

“A beleza nunca é maior
Que a alma cheia de sentimento
Quem viver com honra e virtude
Tem a vida em contentamento
Mais relevante é avaliar
O que a mulher pode dar
Só depois vem o casamento.

“O desejo de cada um
Se alimenta de esperança
Meu falar foi negativo
Sem palavras de confiança
Mas ele sempre se iludia
Aumentando sua agonia
Quando eu negava a aliança.

“A vida é cheia de opções
Escolhi a felicidade
Sou feliz sendo pastora
Vivendo por caridade
Na floresta faço a vida
Dela extraio minha comida
Não vivo em comunidade.

“Para que serve a mulher?
Nasceu para obedecer
Criar filhos, amamentar
Cuidar da casa, cozer?
Eu pensei e fiz diferente
A decisão foi a semente
Que me fez sobreviver.

“Fui viver nesta floresta
Cercada de liberdade
Na companhia dos pássaros
Vivendo em fraternidade
Longe deste preconceito
Livre de qualquer sujeito
Que festeja na maldade.”

A pastora sai d’ali
Mais rápido que chegou
Só a inveja de pessoas
Que o silêncio não negou
Somente o bom cavaleiro
Para defendê-la falou:

- A pastora tem razão
Na palavra aqui falada
Quem não lhe estiver de acordo
Passo o fio da minha espada
Quem se atrever a lhe seguir
Terá a vida terminada.

Esta história de Cervantes
Serve para reflexão
Sobre o papel da mulher
Que nunca fez papelão
Mãe, esposa e companheira
Para qualquer situação.