segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Santana do Ipanema - Turma de Enfermagem


Eu fui dar aula em Santana
À turma de Enfermagem
Pessoas maravilhosas
Que eu pude ver nesta viagem
Queriam estudar muito
Para seu curso acabarem.

Pessoas muito distintas
Foram ali na sala entrando
Mostrando sua opinião
E assim colaborando
Juntos passamos momentos
Alegres e trabalhando.

No início quando cheguei
Alunos haviam por ali
Durante o curso fui vendo
O quanto eu mesmo cresci
Percebi pessoas grandes
Quando decidi partir.

Quero agradecer a meu Deus
Esta boa oportunidade
De ter conhecido gente
Bonita duma cidade
Conhecida por Santana,
Terra de prosperidade.

Tobias e Valdirene - Parte II



A tristeza foi chegando
O ódio foi nele crescendo
Ficando muito abalado
De cachaça foi se enchendo
Quando ficava embriagado
Em todos Tobias ia batendo.

Como o tempo foi passando
Sem aparecer solução,
E por mais que ele brigasse
Não mudava a situação,
Tobias se mudou de cidade
Para viver outra ocasião.

Embora ele se afastando
Seu amor nunca se acabou
Começou logo a pintá-la
Da lembrança que ficou.
Retratava seu semblante
Mas o perdão nunca chegou.

Sem dela se esquecer
Os anos foram se passando
Seu sofrer nunca sumia
E Tobias sempre pintando
Aquele mesmo motivo
Como uma chaga ia matando.

A idade foi se chegando
E Tobias amadurecendo
O povo foi se tocando
E seus quadros foi vendendo
Mesmo vendo passar o tempo
Neste ofício ia se mantendo.

Um determinado dia
Um jovem que ali chegou
Comprou-lhe o último quadro
Que para sua mãe levou
Ficando muito radiante
Com o negócio que fechou.

Quando o jovem chegou a casa
Sua mãe ficou admirada 
Com a beleza da imagem
Ficou muito encantada.
Passando-se alguns meses
Fez dela uma idolatrada.

Ela nunca disse ao filho
Porque tal admiração
Mas o motivo de tamanha
Tamanha encantação
Foi porque era imagem dela
Com uma grande perfeição.

O jovem encasquetou
Com aquela idolatria
Foi prometendo a si mesmo
Que aquela obra queimaria
Se sua mãe não acabasse
Com aquela simbologia.

O jovem resolveu então
Ao artista procurar.
Pedindo-lhe explicações
Antes do quadro queimar
Porém Tobias não teria
Nada para lhe explicar.

Percebendo-se que aquilo
Iria mesmo acontecer
Tobias teve coragem
Do negócio desfazer
Pegando de volta o quadro
Para a lembrança manter. 

E assim agora Tobias vive
Olhando para a donzela
Presente bem ali no quadro
Para não se esquecer dela
Tendo um certo conforto
Com aquela imagem bela.

O amor em algumas pessoas
Transpassa muitas barreiras
Sofre quando está longe
Perto perde as estribeiras
Mesmo sem dizer palavras
Tras alegrias verdadeiras.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Tobias e Valdirene - Parte I




Este cordel conta a estória
Do amor de um grande artista
Que não pode amar alguém
Por não poder pagar a vista
Na novela da tristeza
Foi viver protagonista. 

Tobias era um menino
Que nasceu com aptidão.
Gostava de desenhar
Rabiscando com carvão
Nas ruas, calçadas, paredes
Folha, papel e papelão.

Ninguém ali podia aguentar
À estranha atividade
De tudo ele fazia curvas
Tamanha a criatividade
O sofrimento era grande
Pra uma pequena cidade.

A sua estimada avó
Só vivia sendo chamada
Para dar explicações
Socorrendo o camarada
Do olhar dos maus vizinhos
E também de boas palmadas.

Foi Tobias ali crescendo
Sem ter como melhorar
Fez arte por correspondência
Pra poder se aprimorar
E sozinho ele aprendeu
Passando também a pintar.

A cidade era pequena
Sua obra ali não venderia
Seus dons se aperfeiçoando
Mas incentivo não via
A tristeza ali chegou
E o amor lhe fez cortesia. 

Naquele lugar pequeno
Valdirene foi crescendo
Uma jovem linda e loira
A beleza florescendo
Quando ele a viu de primeiro
Sua estima foi renascendo. 

A paixão foi dos dois lados
Mas não pode ser vivida.
A família dela era rica
E ele não teve acolhida.
Ela foi casada com outro
E o amor estava de partida.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Emancipação Política de Alagoas




Esta é uma terra "boa"
Alguns podem trabalhar
Os poderosos a passear
Passando nas ilhas a canoa
Nas terras entre as lagoas.
Comércio tem muita gente
Passando do expediente
Povo pedindo esmola
Agitando sua sacola
E tomando aguardente.

Não podemos nos esquecer
Que temos saúde melhor
Gente doente que da dó
Tentando nunca adoecer
Para um médico não ver.
Quando se vai ao posto
A fila é de dar desgosto
É tanta gente sem leito
Tamanho o desrespeito
Que o pobre esconde o rosto.

Outra coisa terrível 
É a educação ensinada.
A leitura, que nada!
Ler aqui é coisa impossível
E entender, inadimissível.
Ensinar a tabuada
É coisa já passada
Fazer  multiplicação
É uma terrível missão
Da gente deseducada.


Faculdades são festim
Algumas muito boas
Nas outras o tempo voa
Podem até serem ruins
Só digo que aqui é assim.
Os pobres com pesar pagam
Nossos ricos é quem gozam
Entrando na federal
Da Alagoas capital
E todos assim aprovam.


Infeliz quem na rua andar.
É coisa de cinema!
É preciso estratagema
Para os malocas evitar
E assim poder passar.
É tanto desocupado
Que na rua fica parado
Aguardando um vacilão
Andando em descontração
Para ser logo ladroado.


Políticos milionários
Trabalham por Alagoas
Não querem ficar a toa
Ficam no imaginário
Aumentando seu salário.
Se eles agissem com amor
Sairíamos deste terror
Vivido sem alegria
Fugindo da idolatria
Saindo deste intenso horror.

Essa terra é de festa
Seu nome vou lhe dizer
Pra você nunca esquecer.
Pitanguinha tem seresta
O fim de ano é uma festa.
Lá na Barra é o carnaval
Na Ponta Verde é natal
Nas ruas muita corrida
Na orla a melhor comida.
É a Alagoas fenomenal.


Quem quiser colaborar
Mostrando sua visão
Aqui há discursivo mote
Querendo contribuição.
Fale de nossa Alagoas
E mostre aqui sua aflição.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Homenagem a Isadora Tenório

A mulher de fibra é assim
Para tudo quer ser forte
Não tem medo de  ninguém
Enfrenta até a própria morte
Olhando para sua sina
Independendo da sorte.

Mulher que nunca tem medo
De enfrentar o que vem
Faz sempre valer seu nome
Arrisca tudo que tem
Querendo de si o melhor
Praticando sempre o bem.

Essa mulher que conheço
Que merece nosso apreço.
Pensamento de senhora
Jovem por dentro e por fora.
É mulher com temperança
Não tem medo de dança
Quando se emociona, chora.

Que mulher seria essa
Que deseja ser poetisa
Fazendo cordel na vida
Pensando no improvisa
Contando com Deus pra tudo
Chamada por todos, Isa.