segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Ateu Trajano - Parte II




Noite após noite Trajano
Tinha este pesadelo
Não faltava um pedaço
Sendo no mesmo modelo
Quando ele ia para sua cama
Ouriçava seu cabelo.

O sonho só foi embora
Quando sua mulher adoeceu
Uma grande dor no corpo
De repente apareceu.
Resolveram dar um tempo
Mas sua dor permaneceu.

Era uma dor muito forte
Na ponta do coração
Que aparecia todo dia
Naquela mesma ocasião
Todo dia, toda semana
Parecendo assombração.

Foram procurar um médico
Para entender o problema
Que analisou toda história
Envolvida nesta cena
Depois de lhes ouvir disse: 
- Nada sei sobre este tema.

Eles retornaram a casa
Sem conseguir perceber
Como poderia à esposa
Com aquela sina viver
E todo dia na mesma hora
Sua esposa sempre a gemer.

Uma cartomante veio
Fazer a leitura da mão
Olhou pra linha da vida,
A mesma do coração,
Mas serviu pra advinhar
A fortuna e a vocação.

Eles foram procurar
Um morador do cangaço
Para saber como o caboco
Resolve este embaraço
Que depois de explicar
Aplicou sangue no braço.

Foram passando semanas
E o sangue não resolvia
Eles foram persistindo
Na famosa terapia
Quanto mais aplicava o sangue
Bem mais é que o coração doia.

CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Ateu Trajano - Parte I



Eu fui um dos que duvidava
Que Ele pudesse existir
Ai me encontrei com o cão,
Parei para dele ouvir
A estória de Trajano
Que resolvi contar aqui.

Conhecido por Trajano.
Não acreditava em Deus
Não nasceu rico nem pobre.
No Brasil ele conheceu
As diferenças de credo
Perseverando-se ateu.

Quando Trajano pensava
No que era mais relevante
Ele nunca titubeava
Nem demorava um instante
Pensava sempre consigo: 
"Minha esposa é mais importante".

Quando perguntavam pra ele
O quê de Deus ele pensava
Ele sempre respondia
Que Nele não acreditava
Porque a uns dava bondade
Já pra outros a desgraça dava.

E que se Deus fosse o bem
Do universo absoluto
O mal não reinaria a terra
Nem ficaria impoluto
Por que quando o mal se chega
Deus não sai do estado bruto?

Que se Deus existisse mesmo
Por que enviaria Jesus
Bem no meio de um povo
Que não o veria como a luz?
Ainda como não bastasse
Morreu preso numa cruz.

Os anos foram se passando
E Trajano não mudava
Os problemas iam chegando
Ele sempre blasfemava
Para toda situação
Ele de tudo cassuava.

Um dia ele teve um sonho
Que passou mais ou menos assim:
Dormia numa escuridão
Numa quietude sem fim
Apareceu-lhe um monstro
Com seus chifres de marfim.

Voou bem para cima dele
Cobrindo-lhe com uma capa
Que onde encostava doia
Como se levasse um tapa
Descobrindo-o o monstro disse:
- Aceita, ou então se mata.


CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Alagoas em Desobediência Civil




Alagoas vive momentos
Onde a polícia tem medo
Tamanho está o labaredo
Dos bandidos rabugentos.
Vejo nossos sentimentos
Que são de extrema revolta
Pois tudo a nossa volta,
Cheira a uma perseguição,
De polícia pra ladrão
Que lhes prende e juíz solta.

Todo mundo tem direito
De passear pela rua
Sem temer por vida sua
Como sendo um bom sujeito.
Tal como os nossos prefeitos
Que tudo nos prometeram 
Depois se esqueceram
Do que tinham prometido
Deixando todo bandido
Alegre e bem satisfeito.

Hoje a polícia não faz
Tudo que devia fazer
E o povo começa a ver
Os males que isso trás
Assim como tem outros mais
Pegando alguns bandidos
Que assaltam desprevenidos
Com arma firme na mão
Sendo tombados no chão
Pelo povo esbaforido.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Aprendendo a desenhar!

Agora que comecei
Vou prestar neste momento
Uma palavra pra todos
Fazer um esclarecimento
Pintar com o bastão pastel
É difícil pra dedel
Causa até estranhamento.

Minha querida Alexa Dias
Até que tentou bastante
Pegando na minhão mão
De modo bem delirante.
Mas é que o problema foi meu
Não acreditei no que deu,
Um desenho extravagante.


Vocês tão vendo a maçã
Ai neste lindo desenho?
Foi no que tentei fazer
De um modo bem ferrenho
Quanto mais isso tentava
Ai é que Alexa me falava:
- Melhore o seu desempenho!

Obs.: Alexa é a minha professora de desenho.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Maior Criação do Homem


Deus todo poderoso
Com sua bondade infinita
Fez uma criação favorita
No cosmo maravilhoso
Com tudo sendo vistoso
Neste mundo em que nascemos
Vivemos e depois morremos
Partindo da nossa casa
Como se tivéssemos asa
Perto Dele renascemos.

Deus todo poderoso
Usou todo seu poder
Pra Dele fazer nascer 
O humano maravilhoso.

O homem quando faz sua cria
Em nada possui poder
Nada consegue fazer
Sem a sua tecnologia
Como se fosse magia
Usada para criar
E um vírus divulgar
Pra travar computador
Do homem que é trabalhador
Para a alegria silenciar.

O homem quando faz sua cria
Tentando fazer invenção
Buscando renovação
Não faz mas que alegoria.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

BICO DE LAMPARINA

Mary-Lucy

A vaca de mãe era bela
Mui mimosa e preferida
A Bico de lamparina
Passava a vida sumida
A venta era tinta preta
E nunca ficou parida

A vaca não dava cria
E pai dela não gostava
E a bichinha ela sabia
Que só mamãe a tolerava
Era igual a forrageira
A comida devorava!

E era sim terna e dengosa
E assim a  vida a levava
Vindo a “marvada” da seca
Mesmo assim ela luxava
A pobre de lamparina
Pras tiras fora levada!

Mãe ficou muito aperreada,
Tratou dela com ração
A bichinha já era velha
Deus tem dela compaixão!
Quero Lamparina morta,
A sofrer neste torrão!

E Bico de Lamparina,
À tarde bateu suas botas
E Mãe toda chorosa era
Lamentando a vaca morta
Mas disse, Deus obrigada,
E livrai-me de outra morta !

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Salmácis e Hermafrodita





A ninfa e bela Salmácis
Era uma graciosidade
Que vivia a beira dos rios
Fazendo suas amenidades
Não era um espírito novo
Mas também não tinha idade.

Em um belo dia na relva
Salmácis notou a presença
De um homem jovem lindo
Que surgiria sem audiência
Bem ali do outro lado do rio
Lhe fazendo indiferença.

E foi amor a primeira vista.
Enquanto ele mergulhava
Ela deu a volta na margem
Ficando muito encantada
Com o filho da deusa Vênus
E sua bela agilidade.

Quando d'aquela água saiu
Deu de cara justo com ela
Lhe encarando com firmeza
Tal qual amor de Cinderela
Ele nadou pra outra margem
Se distanciando dela.

Ela não se fez de tonta
Não ficando ali parada
Porque o Cupido lhe deu
Uma flecha pra ser amada
Entraria nesta batalha
Para matar, ou ser matada.

Ao chegar na tal floresta
Ele ficou sem ter saída
Por Salmácis foi agarrado
Perdendo esta partida
Tentando mui se afastar
Da louca espavorida.

E quanto mais ele tentava
Mais força ela fazia
Agarrando-lhe com as pernas
Ao jovem ela se prendia
Mas forte, ele a empurrava
E a tristeza aparecia.

Quando ela percebeu que
Não haveria ali solução
Resolveu pedir a seus deuses
Que fizessem uma união
Porque achou sua alma gêmea
Na estranha situação.

Os deuses lhe responderam
Com uma solução bendita
Fizeram a metamorfose
Que para ele foi maldita.
Seu nome disse sua sina,
Se chamava Hermafrodita.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Memórias Póstumas de Brás Cubas em Cordel - Parte I


RESENHA DA OBRA

Machado de Assis nasceu e morreu no Rio de Janeiro (1839 a 1908). É um dos maiores escritores da literatura brasileira tendo obras em vários gêneros literários como a poesia, romance, dramaturgia, contista e também foi em certa época um crítico literário. As suas grande obras-primas foram: Dom Casmurro, Quincas Borba e Memórias póstumas de Brás Cubas.

A obra Memórias póstumas de Brás Cubas foi lançada em 1881 e inaugura o Realismo no Brasil e deixa o Romantismo de lado para escrever de forma irônica e bem humorada sua observação sobre o comportamento humano. A obra trata de um defunto-autor que conta, com toda a sua sinceridade, tudo que se passou durante sua vida inclusive seus amores e a vida de uma mulher adúltera e também seu grande amor em vida, Virgília.

O autor, Machado de Assis, escreve a estória o defunto como se a vida fosse passando e assim pôe várias passagens de momentos que em si não levam a grande emoções nem a maiores desfechos no livro. Ele mesmo, enquanto autor-defunto, escreve que o livro é enfadonho e assim o parece mesmo, mas o que torna o livro um grande sucesso também é seu olhar para o comportamento humano, a filosofia e propriamente a sua forma de escrever.

"Amável formalidade, tu és, sim, o bordão da vida, o bálsamo dos corações, a medianeira entre os homens, o vínculo da terra e do céu; tu enxugas as lágrimas de um pai, tu captas a indulgência de um Profeta. Se a dor adormece e a consciência se acomoda, a quem, senão a ti, devem esse imenso benefício?"

A obra se destina ao público adolescente, adulto e aos professores de literatura que podem abordar as descrições dos personagens como verdadeiras obras do Realismo.

CORDEL

A estória que aqui começa
É iniciada pelo fim
Com pessoas num velório
Sem falatório e estopim
Do falecido Brás Cubas
Que nunca fora um arlequim.

Mesmo ele sendo um defunto
Relatou toda sua estória
Revelando com detalhes
Que lhe aparecia em memória
Dizendo sem picardia
E sem temer a palmatória.

Este enterro sem alegria,
Numa igreja em vigília,
Contava com a presença
Das pessoas da família
Perambulando seu  amor
Conhecida por Virgília.

O motivo de sua morte
Foi pelo autor relatado
Ter inventado um tal emplasto
Que lhe tornaria afamado
Pra curar a melancolia
Que por todos era falado.

A idéia foi ficando fixa
Sem que nunca amadureça
Levando forte pancada
Bem no meio da cabeça
Se negando ao tratamento
Até que a morte envaideça.

O autor muda seu relato
Neste importante momento
Voltando pra seu passado
Até o dia do nascimento
Ao leitor fez revertério
Mudando seu sentimento.

Ele nasceu e foi crescendo
Um garoto bem traquino
Relatando as peripécias
Da sua vida de menino
Com seu pai passando a mão
Lhe fazendo muito mimo.

Depois adulto se apaixona
Por uma mulher muito bela
Que tinha vida marcante
E já não era uma donzela
Sendo chamada por todos
Pelo nome de Marcela.

Ela era uma mulher linda
Bastante amadurecida
Trocando quem quer que fosse
Por alguma jóia recebida
É assim que Brás Cubas cai
Nas garras desta bandida.

Quanto mais Cubas a amava
Mais lhe dava algum presente
Gastando tudo que tinha
E também de seu parente
Fazendo bastante dívidas
Parecendo ser seu cliente.

Seu pai descobriu esse amor
Antes de entrar na falência
Enviando-o para a Europa
A beira da decadência
Para que ele recobrasse
A bondade e a inteligência.

E Brás Cubas subiu a bordo
Com pensamentos de morte
Embarcando entristecido
Sem saber qual seria a sorte
Quando avistou um furacão
Pensou: "serei um cabra forte?".

Evitando o pensamento
De não ficar ali de loa
Brás Cubas se tornou forte
Desembarcando em Lisboa
Vivendo ali suas aventuras
Nem lembrando da pessoa.

Nunca fora bom estudante
Mas não sentia frustração
Passou bem pelas cadeiras
Sem ter muita formação.
O estudo não era seu foco
Menos sua preocupação.

E foi vivendo bem assim
Com a vida bastante torta
Mulheres, dinheiro, vinho
Nada mais que se lhe importa
Até que uma carta disse:
"Tu vais achar tua boa mãe morta".

A vida lhe deu um motivo
Para não ser aventureiro
Deixar aquela vida insana
Retornando num cruzeiro
Saindo das águas de Veneza
Chegando ao Rio de Janeiro.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Memórias Póstumas de Brás Cubas em Cordel - Parte II


RESENHA DA OBRA

Machado de Assis nasceu e morreu no Rio de Janeiro (1839 a 1908). É um dos maiores escritores da literatura brasileira tendo obras em vários gêneros literários como a poesia, romance, dramaturgia, contista e também foi em certa época um crítico literário. As suas grande obras-primas foram: Dom Casmurro, Quincas Borba e Memórias póstumas de Brás Cubas.

A obra Memórias póstumas de Brás Cubas foi lançada em 1881 e inaugura o Realismo no Brasil e deixa o Romantismo de lado para escrever de forma irônica e bem humorada sua observação sobre o comportamento humano. A obra trata de um defunto-autor que conta, com toda a sua sinceridade, tudo que se passou durante sua vida inclusive seus amores e a vida de uma mulher adúltera e também seu grande amor em vida, Virgília.

O autor, Machado de Assis, escreve a estória o defunto como se a vida fosse passando e assim pôe várias passagens de momentos que em si não levam a grande emoções nem a maiores desfechos no livro. Ele mesmo, enquanto autor-defunto, escreve que o livro é enfadonho e assim o parece mesmo, mas o que torna o livro um grande sucesso também é seu olhar para o comportamento humano, a filosofia e propriamente a sua forma de escrever.

"Amável formalidade, tu és, sim, o bordão da vida, o bálsamo dos corações, a medianeira entre os homens, o vínculo da terra e do céu; tu enxugas as lágrimas de um pai, tu captas a indulgência de um Profeta. Se a dor adormece e a consciência se acomoda, a quem, senão a ti, devem esse imenso benefício?"

A obra se destina ao público adolescente, adulto e aos professores de literatura que podem abordar as descrições dos personagens como verdadeiras obras do Realismo.



CORDEL

A viagem foi demorada
Sua amada mãe havia morrido.
Ficou triste, desolado
Pensativo e combalido.
Mudou-se para outra casa
Para viver entristecido.

Depois de passar algum tempo
Após esta triste partida
Seu genitor resolveu
Fazer-lhe uma boa investida
Para que seu Brás pudesse
Mudar a situação de vida.

A investida foi um pedido:
"Política e o casamento".
Ele não queria pra si
Nenhum comprometimento
Mas seu pai era perspicaz
Conseguiu consentimento.

Brás resolveu visitar
Para alegrar o coração
Uma amiga do passado
Com quem ele fez malcriação
Que ajudara sua mamãe
Naquela hora da expiação.

Esta senhora era Eusébia
Que tinha sido casada
Sendo mãe de uma filha
Com a perna desconcertada
Fruto de um encontro proibido
Sendo por ela muito amada.

A jovem era recatada
Espirituosa e donzela
Apaixonou-se por Brás,
Que não queria nada com ela
Depois de roubar-lhe um beijo
Correu para longe dela.

Voltando para sua casa
Foi transmitir ao pai a resposta
Que em outrora havia lhe feito
Aquela estranha proposta
Embora também quisesse
Sua atitude era indisposta.

A tal proposta era boa
Porém continha um teorema
Detestava o casamento
E este era o maior problema
Não queria qualquer consorte
E nem outro tipo de algema.

Depois passado algum tempo
Ele até tentou mudar
Porém havendo hesitação
Outro tomou seu lugar
Com a noiva que era Virgília
Que com outro foi se casar.

Seu pai só lhe queria bem
Sofreu com muito desgosto
Ficou por meses bem triste
Dentro de casa indisposto
Até que lhe veio a sua morte
Morrendo-se a contragosto.

Só depois de muito tempo
Brás Cubas foi se encontrar
Com a mesma moça Virgília
Em um baile pra se alegrar
E depois de várias danças
É que o amor foi começar.

domingo, 27 de outubro de 2013

Memórias Póstumas de Brás Cubas em Cordel - Parte III


RESENHA DA OBRAS

Machado de Assis nasceu e morreu no Rio de Janeiro (1839 a 1908). É um dos maiores escritores da literatura brasileira tendo obras em vários gêneros literários como a poesia, romance, dramaturgia, contista e também foi em certa época um crítico literário. As suas grande obras-primas foram: Dom Casmurro, Quincas Borba e Memórias póstumas de Brás Cubas.

A obra Memórias póstumas de Brás Cubas foi lançada em 1881 e inaugura o Realismo no Brasil e deixa o Romantismo de lado para escrever de forma irônica e bem humorada sua observação sobre o comportamento humano. A obra trata de um defunto-autor que conta, com toda a sua sinceridade, tudo que se passou durante sua vida inclusive seus amores e a vida de uma mulher adúltera e também seu grande amor em vida, Virgília.

O autor, Machado de Assis, escreve a estória o defunto como se a vida fosse passando e assim põe várias passagens de momentos que em si não levam a grande emoções nem a maiores desfechos no livro. Ele mesmo, enquanto autor-defunto, escreve que o livro é enfadonho e assim o parece mesmo, mas o que torna o livro um grande sucesso também é seu olhar para o comportamento humano, a filosofia e propriamente a sua forma de escrever.

"Amável formalidade, tu és, sim, o bordão da vida, o bálsamo dos corações, a medianeira entre os homens, o vínculo da terra e do céu; tu enxugas as lágrimas de um pai, tu captas a indulgência de um Profeta. Se a dor adormece e a consciência se acomoda, a quem, senão a ti, devem esse imenso benefício?"

A obra se destina ao público adolescente, adulto e aos professores de literatura que podem abordar as descrições dos personagens como verdadeiras obras do Realismo.


CORDEL

Alguns encontros começaram
Bem depois deste momento
Virgília vivia aperreada
Sofrendo com o pensamento
Ele, que vivia sozinho,
Em profundo abatimento.

Depois de passado um tempo
Vivendo esta situação
Cubas resolveu propor
Uma louca solução
Deixarem tudo pra trás
Fugindo para outro chão.

Ela era mulher casada
Tendo muitos compromissos
Não podendo admitir
Muito menos pensar nisso
Se fugisse com Brás Cubas
Lhe causaria mal feitiço.

Eles resolveram ter
Juntos outro ponderamento
Vivendo este grande amor
Sem causar aborrecimento
Vivendo sem que soubessem
Num retirado aposento.

A compra de um casario
Fez-lhes aquele o amor crescer
Todo dia por ali se viam
Sem ver seu tempo correr.
A criada daquela casa
Sabia o segredo manter.

Mas como tudo que é bom
Nunca dura para sempre
O marido de Virgília
Quis também ser presidente
De promissora província
Bem longe daquela gente.

Um momento de terror
Se instalou no coração
E depois de muito tempo
O marido fez alusão
Chamando Brás pra ajudar
Dando-lhe uma nomeação.

A nomeação da província
Saiu com um número de azar
E o marido em desespero
Não conseguiu nem viajar.
Aquela estranha viagem
Acabou sem começar.

E foi assim que se manteve
O amor daquelas criaturas
Mantendo-se bem escondido
E nas mesmas estruturas
Sendo mais forte que nunca
Continuaram nas aventuras.

No melhor da convivência
Daquela constelação
O marido Lobo Neves
Recebe a revelação
A denúncia vem por carta
De um qualquer da multidão.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Memórias Póstumas de Brás Cubas em Cordel - Parte IV


RESENHA DA OBRA

Machado de Assis nasceu e morreu no Rio de Janeiro (1839 a 1908). É um dos maiores escritores da literatura brasileira tendo obras em vários gêneros literários como a poesia, romance, dramaturgia, contista e também foi em certa época um crítico literário. As suas grande obras-primas foram: Dom Casmurro, Quincas Borba e Memórias póstumas de Brás Cubas.

A obra Memórias póstumas de Brás Cubas foi lançada em 1881 e inaugura o Realismo no Brasil e deixa o Romantismo de lado para escrever de forma irônica e bem humorada sua observação sobre o comportamento humano. A obra trata de um defunto-autor que conta, com toda a sua sinceridade, tudo que se passou durante sua vida inclusive seus amores e a vida de uma mulher adúltera e também seu grande amor em vida, Virgília.

O autor, Machado de Assis, escreve a estória o defunto como se a vida fosse passando e assim põe várias passagens de momentos que em si não levam a grande emoções nem a maiores desfechos no livro. Ele mesmo, enquanto autor-defunto, escreve que o livro é enfadonho e assim o parece mesmo, mas o que torna o livro um grande sucesso também é seu olhar para o comportamento humano, a filosofia e propriamente a sua forma de escrever.

"Amável formalidade, tu és, sim, o bordão da vida, o bálsamo dos corações, a medianeira entre os homens, o vínculo da terra e do céu; tu enxugas as lágrimas de um pai, tu captas a indulgência de um Profeta. Se a dor adormece e a consciência se acomoda, a quem, senão a ti, devem esse imenso benefício?"

A obra se destina ao público adolescente, adulto e aos professores de literatura que podem abordar as descrições dos personagens como verdadeiras obras do Realismo.


CORDEL

Vivendo nesta rotina
De se verem como amantes
O marido dela vai
Ao local dos visitantes
Quase flagrando o casal
Em momento emocionante.

Passando deste episódio
O marido descontente
Recebeu um novo convite
Pra o cargo de presidente
Arrumando seus pertences
Saindo de imediato e urgente.

Virgília foi d’ali embora
Conviver com seu marido
Distante d'aquele amor
Que se tornaria esquecido
E que só existiu de fato
Por se manter bem escondido.

Cubas tenta se casar
Com uma mulher mais bela
Muito jovem sem receio
Inocente e tagarela
Morrendo antes de casar
Da causa Febre Amarela.

E nas aventuras da vida
Foi tentando se meter
Mas a sua condição de velho
Não parava de crescer
Aquela visão do emplasto
Foi assim lhe aparecer.

E bem assim termina a estória
Relatada por um escritor
Que primeiro foi morrer
Pra se tornar um delator
Escancarando sua vida
E também seu grande amor.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O olho do dono




Naquele dia o veado entrou
Onde se guardavam os bois
Eles disseram assustados:
- E tu! Quem será que sois?
E ele respondeu: - Me escondo
Primeiro e falo depois.

E quando o perigo foi
Ele resolveu falar:
- Caros amigos ruminantes
Deixem-me por aqui ficar
Se não me denunciarem
Comida não vai acabar.

Assim os bois concordaram
O veado por lá ficou
Os empregados chegaram
Porém ninguém lhe notou
Um boi que por ali estava
Disse: - O dono não chegou.

O desleixado ouviu tudo
Con intensa circunspeção
Sem querer tomar atitude
Não deu a isso conotação
Quando o dono ali chegou
Começou a contestação.


O nodo percebeu que havia
Alguns chifres diferentes
Chamando seus empregados
Dando-lhes ordens urgentes
Que eles prendessem o animal
E lhe desse um finalmente.

Eles pegaram o animal
Fazendo dele guizado
De uma menor parte dele
Fizeram gostoso assado
O bodi que o alertou disse:
- Ele bem que foi avisado.

E assim termina a fábula
Que por La Fontaine foi criada
Para que todeos possamos
Ficar de antena ligada
O gado somente engorda
Quando o dono dá uma olhada.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Eu, Cordelista?



Que tanta tentação é essa
Quando eu estou no batente?
Tendo algum tempo livre
Só o que me vem a minha mente
É pegar algum papel
Escrever um lindo cordel.
O que será isso? Gente.

Eu nunca me imaginei
Que eu quisesse qualquer dia
Escrever livros ou versos
Muito menos uma poesia.
Hoje eu escrevo cordel
Me sinto um menestrel
Tamanha minha alegria.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Santana do Ipanema - Turma de Enfermagem


Eu fui dar aula em Santana
À turma de Enfermagem
Pessoas maravilhosas
Que eu pude ver nesta viagem
Queriam estudar muito
Para seu curso acabarem.

Pessoas muito distintas
Foram ali na sala entrando
Mostrando sua opinião
E assim colaborando
Juntos passamos momentos
Alegres e trabalhando.

No início quando cheguei
Alunos haviam por ali
Durante o curso fui vendo
O quanto eu mesmo cresci
Percebi pessoas grandes
Quando decidi partir.

Quero agradecer a meu Deus
Esta boa oportunidade
De ter conhecido gente
Bonita duma cidade
Conhecida por Santana,
Terra de prosperidade.

Tobias e Valdirene - Parte II



A tristeza foi chegando
O ódio foi nele crescendo
Ficando muito abalado
De cachaça foi se enchendo
Quando ficava embriagado
Em todos Tobias ia batendo.

Como o tempo foi passando
Sem aparecer solução,
E por mais que ele brigasse
Não mudava a situação,
Tobias se mudou de cidade
Para viver outra ocasião.

Embora ele se afastando
Seu amor nunca se acabou
Começou logo a pintá-la
Da lembrança que ficou.
Retratava seu semblante
Mas o perdão nunca chegou.

Sem dela se esquecer
Os anos foram se passando
Seu sofrer nunca sumia
E Tobias sempre pintando
Aquele mesmo motivo
Como uma chaga ia matando.

A idade foi se chegando
E Tobias amadurecendo
O povo foi se tocando
E seus quadros foi vendendo
Mesmo vendo passar o tempo
Neste ofício ia se mantendo.

Um determinado dia
Um jovem que ali chegou
Comprou-lhe o último quadro
Que para sua mãe levou
Ficando muito radiante
Com o negócio que fechou.

Quando o jovem chegou a casa
Sua mãe ficou admirada 
Com a beleza da imagem
Ficou muito encantada.
Passando-se alguns meses
Fez dela uma idolatrada.

Ela nunca disse ao filho
Porque tal admiração
Mas o motivo de tamanha
Tamanha encantação
Foi porque era imagem dela
Com uma grande perfeição.

O jovem encasquetou
Com aquela idolatria
Foi prometendo a si mesmo
Que aquela obra queimaria
Se sua mãe não acabasse
Com aquela simbologia.

O jovem resolveu então
Ao artista procurar.
Pedindo-lhe explicações
Antes do quadro queimar
Porém Tobias não teria
Nada para lhe explicar.

Percebendo-se que aquilo
Iria mesmo acontecer
Tobias teve coragem
Do negócio desfazer
Pegando de volta o quadro
Para a lembrança manter. 

E assim agora Tobias vive
Olhando para a donzela
Presente bem ali no quadro
Para não se esquecer dela
Tendo um certo conforto
Com aquela imagem bela.

O amor em algumas pessoas
Transpassa muitas barreiras
Sofre quando está longe
Perto perde as estribeiras
Mesmo sem dizer palavras
Tras alegrias verdadeiras.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Tobias e Valdirene - Parte I




Este cordel conta a estória
Do amor de um grande artista
Que não pode amar alguém
Por não poder pagar a vista
Na novela da tristeza
Foi viver protagonista. 

Tobias era um menino
Que nasceu com aptidão.
Gostava de desenhar
Rabiscando com carvão
Nas ruas, calçadas, paredes
Folha, papel e papelão.

Ninguém ali podia aguentar
À estranha atividade
De tudo ele fazia curvas
Tamanha a criatividade
O sofrimento era grande
Pra uma pequena cidade.

A sua estimada avó
Só vivia sendo chamada
Para dar explicações
Socorrendo o camarada
Do olhar dos maus vizinhos
E também de boas palmadas.

Foi Tobias ali crescendo
Sem ter como melhorar
Fez arte por correspondência
Pra poder se aprimorar
E sozinho ele aprendeu
Passando também a pintar.

A cidade era pequena
Sua obra ali não venderia
Seus dons se aperfeiçoando
Mas incentivo não via
A tristeza ali chegou
E o amor lhe fez cortesia. 

Naquele lugar pequeno
Valdirene foi crescendo
Uma jovem linda e loira
A beleza florescendo
Quando ele a viu de primeiro
Sua estima foi renascendo. 

A paixão foi dos dois lados
Mas não pode ser vivida.
A família dela era rica
E ele não teve acolhida.
Ela foi casada com outro
E o amor estava de partida.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Emancipação Política de Alagoas




Esta é uma terra "boa"
Alguns podem trabalhar
Os poderosos a passear
Passando nas ilhas a canoa
Nas terras entre as lagoas.
Comércio tem muita gente
Passando do expediente
Povo pedindo esmola
Agitando sua sacola
E tomando aguardente.

Não podemos nos esquecer
Que temos saúde melhor
Gente doente que da dó
Tentando nunca adoecer
Para um médico não ver.
Quando se vai ao posto
A fila é de dar desgosto
É tanta gente sem leito
Tamanho o desrespeito
Que o pobre esconde o rosto.

Outra coisa terrível 
É a educação ensinada.
A leitura, que nada!
Ler aqui é coisa impossível
E entender, inadimissível.
Ensinar a tabuada
É coisa já passada
Fazer  multiplicação
É uma terrível missão
Da gente deseducada.


Faculdades são festim
Algumas muito boas
Nas outras o tempo voa
Podem até serem ruins
Só digo que aqui é assim.
Os pobres com pesar pagam
Nossos ricos é quem gozam
Entrando na federal
Da Alagoas capital
E todos assim aprovam.


Infeliz quem na rua andar.
É coisa de cinema!
É preciso estratagema
Para os malocas evitar
E assim poder passar.
É tanto desocupado
Que na rua fica parado
Aguardando um vacilão
Andando em descontração
Para ser logo ladroado.


Políticos milionários
Trabalham por Alagoas
Não querem ficar a toa
Ficam no imaginário
Aumentando seu salário.
Se eles agissem com amor
Sairíamos deste terror
Vivido sem alegria
Fugindo da idolatria
Saindo deste intenso horror.

Essa terra é de festa
Seu nome vou lhe dizer
Pra você nunca esquecer.
Pitanguinha tem seresta
O fim de ano é uma festa.
Lá na Barra é o carnaval
Na Ponta Verde é natal
Nas ruas muita corrida
Na orla a melhor comida.
É a Alagoas fenomenal.


Quem quiser colaborar
Mostrando sua visão
Aqui há discursivo mote
Querendo contribuição.
Fale de nossa Alagoas
E mostre aqui sua aflição.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Homenagem a Isadora Tenório

A mulher de fibra é assim
Para tudo quer ser forte
Não tem medo de  ninguém
Enfrenta até a própria morte
Olhando para sua sina
Independendo da sorte.

Mulher que nunca tem medo
De enfrentar o que vem
Faz sempre valer seu nome
Arrisca tudo que tem
Querendo de si o melhor
Praticando sempre o bem.

Essa mulher que conheço
Que merece nosso apreço.
Pensamento de senhora
Jovem por dentro e por fora.
É mulher com temperança
Não tem medo de dança
Quando se emociona, chora.

Que mulher seria essa
Que deseja ser poetisa
Fazendo cordel na vida
Pensando no improvisa
Contando com Deus pra tudo
Chamada por todos, Isa.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Fábula: O lobo e a Cegonha

Adaptado por Fabiano Timbó

A raposa bem matreira
Foi a cegonha encontrar
Tal como quem não quer nada
Ela começou a conversar:
- Cegonha, minha querida
Amanhã vamos jantar.

A cegonha estranhou
O pedido inusitado
Porém ela aceitou o convite
Sem ter nada desconfiado
Quando a noite foi raiando
Chegou no local marcado.

Ao chegar foi recebida
Com um cheiro muito bom
Ela notou na raposa
Alegria sem ver tom.
Ficou muito preocupada
Que o bico ficou marrom.

A raposa fez uma sopa
Servindo em prato raso.
A cegonha percebeu
Que ali havia algum descaso
Saiu d'ali arada de fome
Sem querer discutir o caso.



A cegonha resolveu
Dar a colega uma lição,
Convidou aquela raposa
Para nova refeição
Falando-lhe calmamente
A seguinte petição:

- Ó, generosa raposa,
Que possui grande nobreza,
Também faço uma questão
De retribuir a gentileza.
Venha amanhã a minha casa
Que será bom com certeza.

E assim ela também não teve
Como daquilo escapar,
Aceitou o convite dado
Sem de nada desconfiar,
Confiando na sua amiga
Foi a casa dela jantar.

Ao chegar sentiu também
Um cheiro maravilhoso
Era uma vistosa sopa
Com um aspecto saboroso
Servida em longo jarro
De tamanho majestoso.





A cegonha lhe falou:
- Cara, o que está acontecendo?
Você não consegue ver
O que estou lhe oferecendo?
E a amiga lhe respondeu:
- Agora não estou querendo.

E saiu triste para casa
Pensando numa lição
Avaliando o ocorrido
E naquela humilhação.
Não pratique mal com os outros
Que o troco não lhe darão.

A fábula de Fontaine
Foi agora também contada
Para a nossa diversão
Em cordel metrificada.
Faça o bem para com os outros
E tenha a paga dobrada.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Fábula: O Leão e o Rato




Numa caverna bem escura
Num maravilhoso dia
Se encontrava um leão
Que por ali espairecia
Tão grande e muito feroz
Que por alí ninguém surgia.


Um ratinho bem distraído
Por ali resolveu entrar
E por cima do leão
Começou a sassaricar
Quando o rato tropeçou
Fez o rei leão se acordar.


Imediatamente o rei
Pôs a pata em cima dele
Prendendo muito bem o rato
Abrindo a boca para ele
E sem pena foi levando
Com o rato a tentar bater-lhe.


- Perdoa-me rei poderoso!
Fez o rato exclamação.
- Um dia poderás querer
A minha ajuda ou então
Minha humilde companhia
Para alguma distração.


Vendo aquele desespero
O leão achou divertido
Olhou para o pobrezinho
Naquele estranho pedido
Levantou alto sua pata
Pelo gesto comovido.


Passando-se alguns dias
O rei leão foi caçado
Pelos membros de uma corte
Numa árvore foi amarrado
Queriam levá-lo vivo
Para o reino ali do lado.


Naquele mesmo instante
Por ali foi quieto passando
Aquele mesmo ratinho
Que foi logo estranhando
Subiu logo naquela árvore
E foi lhe desamarrando.


Foi assim que o pequeno rato
Salvou o grande rei leão
Que naquele outro dia
Lhe deu sua absolvição
Por isso não subestime
Pequeno, gigante ou anão.


Foi criada por La Fontaine
Esta estória interessante
Conhecida como a fábula
De um rato intrigante
Que irrita um rei leão
Conquistando seu perdão
Com uma atitude elegante.


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A VERSÃO ABAIXO FOI APRESENTADA NUMA MOSTRA DE POESIA NA CIDADE DE MARECHAL DEODORO EM ALAGOAS


Foi criada por La Fontaine
Esta estória interessante
Conhecida como a fábula
De um rato intrigante
Que agrada o rei leão
Com uma atitude elegante.

Numa caverna bem escura
Num maravilhoso dia
Se encontrava um leão
Que por ali espairecia
Tão grande e tão feroz
Que por ali ninguém surgia.

Um ratinho bem distraído
Por ali resolveu entrar
E por cima do leão
Começou a sassaricar
Quando o rato tropeçou
O rei leão fez acordar.

Imediatamente o leão 
Pôs a pata em cima dele
Prendendo forte o ratinho
Abrindo a boca para ele
E sem pena ficou olhando
Com o rato a tentar bater-lhe.

Preocupado com a vida
O ratinho triste ficou
Tentou morder a pata do rei
E leão lhe apertou
Com muito desespero
O ratinho assim falou:

- Senhor leão me perdoe!
Fez o rato exclamação.
- Um dia poderás querer
A minha ajuda ou então
Minha humilde companhia
Para alguma distração.

Vendo aquele desespero
O leão achou divertido
Olhou para o pobrezinho
Naquele estranho pedido
Levantou alto sua pata
Pelo gesto comovido.

O rato saiu correndo 
Para sua vida viver 
Prometeu a ele mesmo 
Arrumar o quê fazer
Ser fiel a Deus na vida
E ao leão nunca mais ver.

Passando-se alguns dias
O rei leão foi caçado
Pelos membros de uma corte
Numa árvore foi amarrado
Queriam levá-lo vivo
Para o reino ali do lado.

Naquele mesmo instante
Por ali ia passando
Aquele mesmo ratinho
Que foi logo se trepando
Naquela árvore grande
E seu rei foi desamarrando. 

Foi assim que o pequeno rato
Salvou o grande rei leão
Que naquele outro dia
Lhe deu a absolvição
Por isso não subestime
Pequeno, gigante e o anão.

Este conto é uma fábula
Que ressalta a compaixão 
Um dia você pode ser o rato
No outro poderá ser o leão 
Uma mão lava a outra
Faça a sua reflexão.