terça-feira, 28 de outubro de 2014

Aluno Bom versus Aluno Ruim




Ser estudante é muito bom 
Viver só para estudar
Sem dívida pra pagar 
Ter a vida como bombom
Como nota em semitom.
Às vezes até desentoa
Não é para qualquer pessoa
O professor não lhe afaga
Quando aperta ele se caga
Quando ele se solta, voa.

Que vida difícil essa
Tem nota pra todo lado
Tem que estudar um bocado 
Para aluno que conversa
Fazendo da aula uma festa
O professor não perdoa
Lição não parece broa
Em casa rever é uma chaga
Quando aperta ele se caga
Quando ele se solta, voa.

Na hora do vestibular
Quem estuda vai lá e passa
Sem recurso de trapassa
Para a vida começar
Sem nada lhe intimidar
Mas pra aquele que destoa
A vida será patroa
No trabalho ele naufraga
Quando aperta ele se caga
Quando ele se solta, voa.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Infarto no Cinema



Tive hoje um dia diferente
Quando estava no cinema
Com meus filhos e a esposa
Vivenciamos um problema
Ocorrendo com meu nome
Criando ali um dilema.

Várias luzes foram acesas
A cessão também parou
Gritavam meu nome forte
Notei que alguém falou:
- Timbó está passando mal.
Tem por aqui algum doutor?

Minha filha do meu lado
Perguntou bem assustada:
- Papai, você está mal?
Será que isso é uma piada?
O senhor está aqui pertinho
E não está sentindo nada.

Alguns conhecidos meus
Levantaram-se pra ajudar
Percebi que era algo sério
Comecei a me levantar.
Falei para a moça bem alto:
- Não precisam me buscar.

A moça estava nervosa
Que falou trocando tudo
Chamou como paciente
Aquele que estava mudo
Mas era outra pessoa que estava
Padecendo um quadro agudo.

Quem me conhecia, sentou
Sorrindo-se na cadeira
Me vendo ali de pé e bem
Parecendo brincadeira,
Mas eu que estava de pé e calmo
Sai dali foi na carreira.

Em outro local  dali perto,
Que parecia com um quarto,
Estava passando mal
Deitado como um lagarto
Um amigo de faculdade
Tendo sintomas de infarto.

Ao lado dele estava
Mandando na situação
Um rapaz que dizia: - É mole!
E ele: - É dor no coração.
Sem querer fui me metendo:
- Rapaz, qual sua formação?

O rapaz ficou com raiva
Querendo lhe socorrer
Mas sem ter o preparo certo
Nada poderia fazer
Nesta hora chegou a SAMU
Para tudo resolver.

Eu só fiz chegar lá perto
Para tentar resolver
A SAMU foi nos afastando
Para também socorrer
Eu fiquei foi muito triste
Já que o final não fui ver.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Estatística para quê?


Eu estava conversando
Com um amigo professor
Sobre um assunto espinhoso
Defendendo com ardor
O poder da estatística 
Como mistificador.

O pesquisador tem dados
Números pra analisar
Do projeto sai um artigo
Não tem nem como evitar
O valor que um dado tem
Até na hora de falar.

No momento de projeto
Faz-se o cálculo amostral
Para o aluno que estuda 
Conseguir tudo normal
Não consegue começar
Sem este número tal.

A coleta dos valores
É feita a qualquer momento
O aluno vai coletar
Pra poder dar seguimento
A uma hipótese criada
Dentro do seu pensamento.

Depois que tantos valores
Forem assim coletados
Fica aquela confusão
De números misturados
Com um estatístico bom
Ficam todos bem afinados.

O profissional letrado
Vai logo te perguntando:
- Quantas amostras você tem?
E vai logo começando
T de stundent, ANOVA
Teste de Tukey ajudando.

Os desfechos vão surgindo
Pra não vermos nulidade
O que o aluno quer mesmo
É ver a singularidade
Para que seus resultados
Lhe mostrem alguma verdade.

E depois de tudo pronto
O mundo precisa ver
De tudo que o aluno fez
Seus esforços conhecer
Publicando num periódico
Transmitindo seu saber.

Depois de esperar um tempo
Sai aquela publicação
Numa revista de impacto
Para comemoração
O leitor, pobre coitado
Lerá só sua conclusão.

Alguns são mais entendidos
Fazem algo esquisito
Lêem tudo menos seu método
Fazendo sempre este rito
Por causa da estatística
Que para ele é um grande mito.

Pelo visto esta estatística
Causa mesmo é um problema
Com seus números pra tudo
Tornando tudo um emblema:
Ler, ou não ler, a estatística
É para todos um dilema.

Ha! como seria tão bom 
Se não existisse ela
Se pudéssemos não ler
Ou jogar pela janela
Sabido é o pesquisador
Que não for precisar dela. 

E assim vamos vivendo
Esta grande confusão
O leitor finge que sabe
Repetindo a conclusão
A estatística, coitada!
Sempre na escuridão. 

sábado, 4 de outubro de 2014

Ao meu primeiro Seguidor - Professor Flávio Brito

[Imagem+005.jpg]


Estava eu num belo dia
Olhando meu material
Que produzi nos meus versos
Voraz como um chacal
Que tinha um seguidor
Bastante excepcional.

É pessoa que produz o bem
Professor assim como eu
Tornou-se um cara eclético
De tanto que ele leu
Não sei como foi gostar
Deste blog que é meu.

Gosta das coisas corretas
É professor de mão cheia 
Preza fazer tudo certo
Não cobiça coisa alheia
Vai passando seu saber
De forma própria e não feia.

Sendo uma pessoa de bem
Se afasta de fofoquinhas
Estudioso do saber
Pai de duas lindas filhinhas
É marido e pai exemplar
Detestando mentirinhas.

Percebe-se em seu caráter
Entre as virtudes humildade
Perseverança, alegria
Paz, justiça, caridade
Mansidão, sabedoria
E responsabilidade.

Tudo isso que falei
Em nada lhe engrandece
Porque vejo em você a luz
De Deus que lhe amadurece
Obrigado meu querido
Continue assim aguerrido

Este poeta é quem agradece.