Arte da capa de Alexa Dias
Até
que ele resolveu
A
situação investigar
Saiu
de sua casa dizendo
Não
voltar para jantar
Sendo
assim ela pudesse
Com
ele não se preocupar.
A
noite não esqueceu
De
surgir naquele dia
Se
de algo ele soubesse
Para
sua casa não iria
Só
que ele não esperava
Aquele
dia de agonia.
Entrou
em casa bem tarde
Indo
em direção ao quarto
Ouvindo
sussurros fortes
Ficando
estupefato
Sem
dar tempo de reação
Flagrando
Liliana no ato.
Quando
Afonso percebeu
Lhe
surgiu uma sensação
Um
aperto forte no peito
Com
feição de humilhação
Um
Pensamento de morte
Na
sua alma a decepção.
Os
dois ficaram parados
Divergindo
os pensamentos.
O
amante com medo de
Ter
findado seus momentos,
A
esposa já rezando
Pra
não haver falecimentos.
O
marido percebeu
Que
casou com pistoleira
Não
queria fazer da vida
Uma
grande desgraceira.
De
repente perguntou:
-
Tens dinheiro na carteira?
Os
dois amantes ficaram
Sem
saber o que acontecia
Porque
numa cena desta
O
que mais se esperaria!
Tiro
para todo lado
Com
morte, briga e agonia.
Sem
saber como fazer
Pensando
não viver mais
O
pobre amante assustado
Sem
pensar textos formais
Falou
para ele baixinho:
-
Tenho vinte quatro reais.
-
Então pegue logo a roupa
Vista,
saia d'aqui correndo
Porque
se ficar por aqui
Vai
acabar mesmo morrendo
Antes
que eu mude de ideia
E
uma faca vá metendo.
O
amante sem entender nada
Resolveu
não vacilar
Aproveitou
da palavra
Se
apressou pra se arrumar.
Depois
que vestiu a sua roupa
Partiu
sem para trás olhar.
Afonso
falou a Liliana:
-
Mulher, a escolha será tua
Tu
morres agora pela honra
Ou
viverás sem sair à rua?
Pense
bem neste momento
Porque
a sina será a sua.
Tu
só poderás comer
Até
vinte e quatro reais
É
o valor que tu mereces
Por
tuas ações propositais
Melhor
morrer agora que
Não
poder sair jamais.
Liliana
respondeu assim:
-
O que poderei fazer
Nesta
situação ruim
Não
há coragem pra morrer
Não
tem escolha para mim
Presa
em casa eu vou viver.
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