segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O olho do dono




Naquele dia o veado entrou
Onde se guardavam os bois
Eles disseram assustados:
- E tu! Quem será que sois?
E ele respondeu: - Me escondo
Primeiro e falo depois.

E quando o perigo foi
Ele resolveu falar:
- Caros amigos ruminantes
Deixem-me por aqui ficar
Se não me denunciarem
Comida não vai acabar.

Assim os bois concordaram
O veado por lá ficou
Os empregados chegaram
Porém ninguém lhe notou
Um boi que por ali estava
Disse: - O dono não chegou.

O desleixado ouviu tudo
Con intensa circunspeção
Sem querer tomar atitude
Não deu a isso conotação
Quando o dono ali chegou
Começou a contestação.


O nodo percebeu que havia
Alguns chifres diferentes
Chamando seus empregados
Dando-lhes ordens urgentes
Que eles prendessem o animal
E lhe desse um finalmente.

Eles pegaram o animal
Fazendo dele guizado
De uma menor parte dele
Fizeram gostoso assado
O bodi que o alertou disse:
- Ele bem que foi avisado.

E assim termina a fábula
Que por La Fontaine foi criada
Para que todeos possamos
Ficar de antena ligada
O gado somente engorda
Quando o dono dá uma olhada.

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