quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Anna Karenina em cordel


 

Cordel - Anna Kariênina em cordel 


Alguns apelidos:

1 Daria é chamada Dolly.

2 Katarina é chamada Kitty.

3 Oblonsky é chamado Stiva.

4 Lióvin é chamado Kóstia.


Cordel:

A Literatura mostra

A visão que nos corrói 

O pensamento, a fé elas ideias 

Que o preconceito destrói 

Como a história que foi criada 

Por um escritor russo Tolstói.


A força me seja a grande

Consorte da minha sina

A graça venha ao papel

Contar a vida de menina

Os pesares, os amores e a dor

Da infeliz Anna Karenina.


Parte 1

Karenina foi a Moscou

Para agir com compaixão

Ao casal Oblonsky e Daria 

Que viviam em confusão 

Por causa da preceptora

Que não largava seu irmão.


Quando desce na estação 

É avistada por um jovem

Conde Vronsky era a alcunha

Um acidente lhe comove

Um rapaz morre no trem

Oblonsky de lá a remove.


O conde Vronsky é atraente

E enamora Katarina 

Competindo com Lióvin 

Pela mão dessa menina

Mas no baile sua atenção 

Foi para Anna Karenina.


O casamento do irmão 

Anna consegue salvar

A pessoa daquele jovem

Já não vai lhe abandonar

Katarina vai ao seu encontro 

E vão ao baile pra bailar.


Kitty chora amargamente 

A decepção vivida

Vronsky dança só com Anna

Que em tudo é atrevida 

E Lióvin foi dispensado

Com a moral bem combalida.


Anna volta a Petesburgo

Para viver com o marido

Vronsky vai no mesmo trem

Com seu amor desenxavido

O marido não percebe

Que o amor está consumido.


Parte 2

Kitty vai para o exterior

Tomar ares, recuperar.

Oblonsky visita Lióvin

Faz seu amor reverberar.

Anna se rende a paixão 

E dali vai engravidar.


Vronsky gosta de cavalos

Vive em busca de aventura

Vai correr com obstáculos 

Quase quebra a ossatura 

Ana vê e se descontrola

Agindo sem compostura.


O marido lhe socorre

E faz grande advertência 

Na caminho para casa

Anna lhe faz a confidência 

Releva que Vronsky é amante

Quer fugir da residência.


Parte 3

Lióvin busca a paz no campo

Vivendo pra reflexão 

Sobre ética, moral e fé 

Assim também a religião 

Ruminando aquele amor

Mantendo obstinação.


Oblonsky pede sua ajuda

Para vender um bom terreno

Explica pra o amigo Kóstia

Diminuindo o veneno

A esperança lhe retorna

Lióvin fica mais sereno.


Numa caminhada só 

Buscando uma camponesa 

Dá de cara com a carruagem 

E Katarina indefesa

Reacende aquela paixão 

Diminui aquela tristeza.


Karienin pensa no filho

E na sua posição 

Para evitar muitos escândalos 

Não cede a separação 

Explica a Anna Karenina

Para mudar a decisão.


Parte 4

Anna e Vronsky se vêm na casa

O marido quer ter o divórcio 

Oblonsky e sua consorte 

Numa conversa em consórcio 

Mudam o rumo desta história 

O marido vive no ócio.


Karenina vai dar à luz

Prostrada à beira da morte

O marido perdoa Vronsky

Que sai dali e tenta a sorte 

A bala sai de raspão 

Ele deseja ir pro norte.


Ana está desesperada

Pra despedir de seu amor

Chama Vronsky pra fugir

A Europa com esplendor

Abandona o filho amado

E daí começa seu horror.


Lióvin parte para cima

Chama Kitty a conversar

Sem papel, caneta e fala

Mostra o que lhe interessar

Kitty aceita este noivado

Pra nova vida iniciar.


Parte 5

O casamento acontece

Para o amor que os conforte

Um irmão deste marido

Adoece e perde a sorte 

Katarina vai ajudar

A história termina em morte.


Katarina avisa ao esposo

Com leveza e rapidez

Que a consagração do amor

Precisa ter solidez

Comunica com alegria

Seu estado de gravidez.


Anna e Vronsky estão sem graça 

Vivendo sem agitação 

O tédio é a palavra certa

Para dizer a situação 

Eles voltam a Petesburgo

Fugindo da solidão.


Mesmo tida como morta

Ao filho se fez presente 

No dia de seu aniversário 

Foi lá sorrateiramente

Enfrentou a situação 

Do marido intransigente.


Na primeira aparição 

Que Anna fez a sociedade 

Foi numa peça de teatro

Buscando ter alacridade

A humilhação foi forte

Sem pena nem piedade.


A humilhação sofrida

E a vida sem viver em encanto 

Deram forças ao casal

Para irem morar no campo

Achar sua felicidade 

Tendo a calma como manto.


Parte 6

Parentes vão visitar 

Kitty na sua gravidez

Um primo sem compostura

A paquera descortês 

Lióvin o expulsa de casa

Demonstrando o que era a lei.


Na outra casa do campo

Dária foi fazer visita

Felicitar Karenina 

Percebendo-a esquisita 

Nos momentões de tristeza

De morfina era adicta.


Dolly voltou para vasa

Anna fez uma sugestão 

Voltarem para Moscou

Tentar nova situação 

Do ciúme e da tristeza

Fazerem contestação.


Parte7

Liovin vai passar seu tempo

Com Katarina em Moscou

Preparar para dar a luz 

Do ser que ele gerou

Com Oblonsky foi visitar

Anna que lhe conquistou.


O ciúme de Katarina

Fez o casal retornar

Para sua terra natal

Ao parto poder se dar

Nascendo um menino lindo

Para a família alegrar.


Anna sentia amargura

Sofrimento, ciúme, dor

O tédio da solidão 

Por Vronsky era rancor 

Da morfina fazia abuso

Da morte não tinha horror.


Da morte ficou amiga

Com ciúme de vai e vem

Uma confusão mental

Vendo Vronsky num harém 

Suicidou-se sem ter pena

Se chocando com um trem.


Parte 8

Karienin se entregou a paz

À justiça e ao perdão

Pediu a filha de Vronsky 

Como filha de criação 

Seu caráter de bom homem

Fez da vida salvação.


Vronsky ficou desolado 

Da situação vivida

Uma filha sem ter mãe 

Um final sem despedida

Foi voluntário da guerra 

Fazer cabo da sua vida.


Lióvin fazia compêndios 

Buscando Deus na razão

Encontrou uma resposta

Fora da sua reflexão 

Em uma conversa informal 

Sendo da mundo um irmão.




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