De Mário Quintana para José Régio
A morte é que está morta.
Ela é aquela Princesa Adormecida
no seu claro jazido de cristal.
Aquela a quem, um dia - enfim - despertarás ...
E o que esperava ser teu suspira final
é o teu primeiro beijo nupcial.
- Mas como é que eu te receava tanto
(no se encantamento lhe dirás)
e como podes ser assim - tão bela?!
Nas tantas busca, em que me perdi,
vejo que cada amor tinha um pouco de ti...
E ela, sorrindo, compassiva e calma:
- E tu, por que é que me chamavas Morte?
Eu sou, apenas, tua Alma ...
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