Quando o ser humano descansa
E a vida tira um cochilo
Diminui com seus cuidados
Não cuidando de seu estilo
Por ali vai chegando a dor
Que esperou surgir um vacilo.
Pode atormentar qualquer um
Em qualquer local e momento
Começar fina e traiçoeira
Trazendo constrangimento
Pensamentos negativos
Revolta por sentimento.
Dor com a idade, com a pancada
Por uma noite mal dormida
Após a cárie daquele dente
No abdome após a comida
Na queda que não queria
Na menstruação não esquecida.
Existe dor para tudo
Não respeita hora e lugar
Surge sem nem ter motivo
Querendo só maltratar
Entra sem ter permissão
Se instala sem perguntar.
Ninguém merece esta cruz
Nem perder a tranquilidade
A descontração do dia
O riso e a simplicidade
A paz que reina o espírito
Distanciar a felicidade.
De repente se percebe
A inimiga companheira
Querendo só perturbar
Se fazendo de faceira
Presente de forma cruel
Falando desta maneira:
“-Cheguei aqui sem te pedir
Sem respeitar este momento
Querendo sua companhia
Alegrando em sofrimento
Para açoitar o coração
Causando aborrecimento.
Não me importa seu querer
Gostar, rezar ou trabalhar
Se tem relação com filhos
Ou no que quiser falar
Nem com a sua visão do mundo
Nem o dinheiro, nem o lugar.
Vou começar devagarzinho
Como quem nada quer
Aumentando de mansinho
No lugar que me convier
Aguardando seu sofrer
E o desespero que houver.
Você vai sofrer sem paz
Com a força da tirania
Gemendo forte com dor
Em momentos de agonia
Vai chorar de desespero
Nunca mais terá alegria.
Quando a força lhe voltar
Estarei com a agonia pronta
Porque na partida da vida
Estarei torcendo contra
A sua esperança de cura
Não faz parte desta conta.
Quando a sua oração for forte
Rezarei para a maldade
Que ela seja sempre um guia
Para eu usar a perversidade
Estar sempre em pensamento
Findando a tranquilidade.
Quando pensar no descanso
De uma noite bem dormida
Estarei aguardando o dia
Muito mais fortalecida
Preparando seu organismo
Para jamais ser esquecida.
Quando sentir o desespero
Da agonia e da frustração
Estarei gritando forte
A poesia da humilhação
Embotando os sentimentos
E apertando o coração.
No momento do seu estresse
Vou fazer você lembrar
Que na vida do seu dia
Irei nunca me afastar
Eu ficarei até mais forte
Da tristeza e do mal estar.
Quando você se tratar
Eu diminuo a intensidade
Passo uns tempos sem falar
Fazendo-lhe caridade
Quando o remédio sumir
E retorno a atividade.
Quando pensar que fui embora
Fui fazer visita ao cão
Procurar como fazer
Para fazer mais aflição
Sendo a agonia e o desespero
Prêmio de consolação.
Quando rezares a seu Deus
Recitarei no seu ouvido
Palavras de desamor
Deixando-te sem sentido
Pensamento de alegria
Com seu corpo todo moído.
Quando pensar em se matar
Darei início a depressão
Para ver se tu vais mesmo
Surtar a tua imaginação
Use veneno, dê um tiro
Se for a um prédio caia no chão.
Se algum dia você entender
Que sempre irei conversar
E que não haverá maneira
Pra você se libertar
Só lhe restará uma coisa
Conviver sem reclamar.”
Esta conversa é travada
Por aquele que sente dor
Do momento que acorda
Até a hora do sonhador
Insistindo e convencendo
Seja santo ou pecador.
Toda dor que for recente
Será tratada e irá embora
Quando dela se esquecer
Da vida será senhora
Faça tudo pra não ter
Uma dor no seu agora.
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