Gerson Odilon
Quando vier visitar a Barra Nova
No litoral sul da nossa capital
Que faz parte da Ilha Santa Rita
Pertencente a querida Marechal
Não poderá voltar sem dar um salto
E conhecer o restaurante do Derval
O já famoso "Pedrosa Petisco"
Requintado em beleza natural
Degustar uma peixada completa
Escabeche ou ao molho de camarão,
O massunim, o sirí, a agulhinha,
O sururu, o petisco de cação,
A gostosa galinha cabidela,
A camaraozada servida com pirão,
Uma pinga, um cerveja bem gelada,
Um wisky ou um suco de limão.
Uma salada, uma batatinha frita,
Um caldinho, uma farofa e tudo mais.
De fundo uma música harmoniosa,
Uma brisa beijando os coqueirais,
Por fim, o postal da natureza,
Que preenche sua alma com a paz
Assim, ao voltar desse paraíso
Voce sente o sabor de "quero mais".
Fabiano Timbó
O Pedrosa Petisco
Ainda não provei.
Eu sou de pouco arrisco
Mas pela dica, agendarei.
A comida parece boa
E a vista é da Lagoa
Ainda não vi combinação
Com tanta criação.
O amigo vai desculpar,
Mas prefiro a companhia
Um vinho e conversar.
Se for com a sua alegria
Vou agora mesmos repassar
E também recomendar.
Vejam só que maravilha
Quem usa tecnologia
Tudo fica bem mais fácil
Como na era da magia
Presente todo momento
Facilita seu dia a dia.
A televisão possuía
Canais para se alegrar
Quando o programa era ruim
Precisava levantar
Hoje sem haver nenhum esforço
Do sofá pode mudar.
A primeira c p u
Não cabia numa mala
Uma máquina gigante
Que ocupava toda sala
Fazia cálculos avançados
E possuia tela sem fala.
O computador depois
Foi mudando seu tamanho
Diminuiu, foi se encolhendo
Usar no local de banho
Permite conhecer o mundo
Quem não usa ficará estranho.
As mensagens voavam em pombos
Carregando a novidade
Depois trotavam em cavalos
Tendo mais velocidade
O telégrafo mudou
E o email, trouxe o milagre.
O telefone chegou
Para falar em simultânea
Depois também o celular
Para a mensagem instantânea
Acoplou ao computador
Ganhou o mundo em coletânea.
O transporte era charrete
No momento futurista
Veio carro com manivela
Que foi revolucionista
Depois o carro com motor
Caminhão sem motorista.
A montagem de aparelhos
Teve modificação
Antes era peça por peça
Trabalhando com as duas mãos.
Hoje a máquina faz tudo
Na linha de produção.
Máquinas feitas para voar
Era um assunto inusitado
Aparece Santos Dumont
Demonstrando o mundo alado
Já existe neste planeta
O avião não tripulado.
Criança já brincou com tudo
Acompanhada de "Danone"
Quando sai basta pedir
Que seu papai lhe diz: - Tome!
Abrindo a caixa ela vê
Aquele chamado drone.
No início da humanidade
O homem vivia de partida
Buscando se alimentar
Para ter uma vida nutrida
No momento é corriqueiro
Máquina aprontar comida.
O computador não faz
Um ser humano já pensante
Porque a máquina repete
De uma forma interessante
Mas esta tecnologia
Torna o saber mais intrigante.
No passado o professor
Era deveras importante
Preparava a exposição
Demonstrando o relevante.
Os cursos em computador
Tornaram este um visitante.
Um congresso era difícil
Pela distância que havia
Discutir fora de casa
Alguns casos resolvia.
Hoje usando o telefone
Vê - se o mundo com euforia.
No mundo modernizado
Computador dá prazer
O ócio serve para nada
Internet pra o saber
Imagine no futuro
O que restará a fazer?
Restará pra humanidade
Se afastar da sepultura
Correr longe do passado
Onde a vida era mais dura
Tentar viver seus momentos
Produzir nova cultura.
Outras possibilidades
Que o computador não faz
É tornar viável uma vida
Para uma célula ou até mais
Ter filhos, cuidar de cães
Plantações monumentais.
Resta o trabalho manual
Dar cuidado a quem nascer
Proteger da luz solar
Tomar cuidado ao adoecer
Quando chegar ao fim da vida
Se entregar para morrer.
A tecnologia existe
Para ao homem facilitar.
Faz comida, diversão
Material para estudar.
Há curso sem professor
Sem um fim para trabalhar.
Com a física veio a solução
Olhando o céu com a luneta
Vendo os mapas planetários
As distâncias com a caneta.
A humanidade precisa
Descobrir novo planeta.
O seu encontro ficará
Repleto de animação
Se conversar com seus amigos
Em confraternização
Deixando o tempo passar
Podendo experimentar
Um bom queijo, vinho e o pão.
Queijo mole para mesa
Precisa muito cuidado
Combina com vinho branco
Para o encontro ser adoçado
Se aparecer o queijo duro
Não se atrapalhe no escuro
Com tinto fica arrumado.
Se queijo tivesse cor
Com receita de algo morto
Poderia ser da cor azul
Para harmonizar com o Porto
É combinação gostosa
E também muito famosa
Aprovada com conforto.
Queijo de cabra não é forte
Fraco também não parece
A uva sauvignon blanc
Seu gosto lhe favorece.
Esta combinação é boa
Não fique comendo broa
Anote, se não enlouquece.
Se por acaso tiver dúvida
Quando adentrar num recinto,
Observe todos os queijos
Mas não seja ali sucinto.
Não faça reclamação
Nem vá criando confusão
Deve evitar o vinho tinto.
Num encontro de queijo e vinho
Quatro coisas deve ter
Água, fruta, alguns frios e pães
Para o sabor enaltecer
Combinam com tinto e branco
Não deixam seu gosto manco
Experimente e faça crer.
Uma coisa que não é certa
É impor regras para o vinho
Combinando com comida
Que não ajuda no caminho
Melhor que aprender no tranco
É queijo com vinho branco,
Boa companhia e carinho.
Amantes do que é fantástico
Não quero a você iludir
Não abandonarei o bom cordel
Nunca pensei em desistir
É que me veio inspiração
Para esta nova criação
Aqui deixei escapulir.
O atraso do brasileiro
já é coisa consagrada
do Oiapoque ao Juazeiro
todos vivem nessa balada.
Quando se diz "vou pensar!"
talvez possa se confiar,
mas quando se diz "farei tudo para ir."
é a certeza para sumir.
A atitude é cultural
já nasce lá no berço
não precisa tutorial.
Se você fizer oração
ou mesmo tentar um terço...
Não trará resolução.
Dedico este soneto a Mário Quintana.
Ó morte que não morre, espera...
Cada pessoa imagina o dia
Da partida desta para outra via
Pensando a vida ser uma quimera.
Morte que vem sem escolher
O momento e a hora adequados,
Não dá chance para desfazer
O que na vida está desorganizado.
A tristeza da partida, quem a sente?
É aquele que te tem em sua mente
E te admira do coração.
Faz por ti lágrimas e oração
Faz dos teus dizeres semente,
E sente s ausência desesperadamente.