O segredo do sucesso
De toda negociação
Era trazer pra cidade
O que saísse de montão
Com valor para vender
Que tivesse aceitação.
Adil começou a viajar
Comprando quinquilharia
Parava num vilarejo
Comprava o que lá podia
Quando voltava a cidade
O que comprava, vendia.
Em todo lugar atracado
Comprava para valer
Animal, comida, roupa
Ou o que pudesse trazer
Quando retornava ao porto
Longa fila via fazer.
Sua fama de vendedor
Foi crescendo na cidade
Pessoas apareciam de longe
De grande notoriedade
Para tratar de negócios
Com dinheiro em quantidade.
Em um determinado dia
Um estranho lhe apareceu
Trazendo uma imensa caixa
Grande soma prometeu
Se levasse a outra cidade
Aquele conteúdo seu.
Como a caixa era pesada
Fez uma recomendação
Que ela pudesse ficar
No centro da embarcação
Para garantir equilíbrio
Sem prejuízo à flutuação.
Adil aceitou aquela oferta
Sem de nada desconfiar
Transportar era seu mercado
A quem pudesse pagar
Levá-la-ia com segurança
D'ali para outro lugar.
Deixe Adil ganhar dinheiro
E volte um pouco no tempo
Para saber de seus irmãos
Como foi cada momento
Nas atitudes que tiveram
E o que se deu em pensamento.
Os dois irmãos não conseguiram
Seu dinheiro duplicar
Tentaram todo comércio
E não saíram do lugar
Ao contrário do mais velho
Aprenderam a reclamar.
Com o tempo passaram a ouvir
Sobre aquele comerciante
Que transportava de barco
Tudo que fosse importante
Da cidade a capital
Já faziam fila gigante.
Este homem desconhecido
Nas vendas dava lição
Incomodava o comércio
Desprovido de ambição
Depois foi que descobriram
Era seu querido irmão.
O sucesso do mais velho
Começou a lhes incomodar
O mais novo ficou triste
Cabisbaixo a protestar
O do meio deixou pra lá
Com muita ira no pensar.
Quanto mais passava o tempo
Mais sua fortuna crescia
Eles muito revoltados
Só falavam com ironia
Até um deles despertar
Desejos de tirania.
O caçula assim falou:
- Nosso irmão é muito sabido
Atormenta meu sossego
Não merece este partido
Vamos pôr naquele barco
Um pacote com explosivo.
O outro irmão lhe respondeu:
- Para ter uma solução
De forma definitiva
Deve ser grande a explosão
Que acabe logo com tudo
E com ela vá nosso irmão.
Eles chamaram um bandido
Para o pacote deixar
Bem meio da embarcação
Na certeza de afundar
Do irmão nunca mais saber
E com sua herança ficar.
O bandido levou a caixa
Confirme foi combinado
Desapareceu depois
Para rumo ignorado
Seguindo Adil com o explosivo
Sem nada ter desconfiado.
Já bem longe da cidade
Um barulho aconteceu
Foi fogo pra todo lado
Muita gente ali morreu
Adil se jogou no mar
Num tonel desfaleceu.
Ele se acordou nas areias
De uma ilha desconhecida
Sem casa para abrigar
Só via coco de comida
Levantou-se atrás de palha
Para arrumar uma guarida.
Depois de passados dias
Adil mudou o paladar
Peixe com frutas silvestres
Gafanhoto, tamanduá
Caranguejo com limão
Manga com maracujá.
Quando à noite ali chegava
Vinha a maior preocupação
Que não era ficar sozinho
Nem morrer de inanição
Tinha os irmãos no pensamento
Saudade no coração.
Perto da margem morava
Para seguro ficar
Até que um dia resolveu
Aquela terra explorar
Botou peixe na sacola
E a fé em primeiro lugar.
Depois de muito rodar
Encontrou um velho no chão
Perguntou o que se passava
Ele estendendo sua mão
Disse que passava fome
Que desse bebida e pão.
Ali comida não tinha
Bebida era somente água
Resolveu lhe dar seu peixe
E partir d'ali sem nada
Encontrar novos caminhos
Continuar sua jornada.
Mais adiante durante a trilha
Teve uma grande surpresa
Viu uma pessoa na lagoa
Morrendo sem ter defesa
Clamando pelo socorro
Afogando com certeza.
Adil pulou na lagoa
De forma desesperada
Puxou pra fora d'ali
A pessoa quase afogada
Pegando na mão ela disse:
- Sou grata, muito obrigada.
De toda negociação
Era trazer pra cidade
O que saísse de montão
Com valor para vender
Que tivesse aceitação.
Adil começou a viajar
Comprando quinquilharia
Parava num vilarejo
Comprava o que lá podia
Quando voltava a cidade
O que comprava, vendia.
Em todo lugar atracado
Comprava para valer
Animal, comida, roupa
Ou o que pudesse trazer
Quando retornava ao porto
Longa fila via fazer.
Sua fama de vendedor
Foi crescendo na cidade
Pessoas apareciam de longe
De grande notoriedade
Para tratar de negócios
Com dinheiro em quantidade.
Em um determinado dia
Um estranho lhe apareceu
Trazendo uma imensa caixa
Grande soma prometeu
Se levasse a outra cidade
Aquele conteúdo seu.
Como a caixa era pesada
Fez uma recomendação
Que ela pudesse ficar
No centro da embarcação
Para garantir equilíbrio
Sem prejuízo à flutuação.
Adil aceitou aquela oferta
Sem de nada desconfiar
Transportar era seu mercado
A quem pudesse pagar
Levá-la-ia com segurança
D'ali para outro lugar.
Deixe Adil ganhar dinheiro
E volte um pouco no tempo
Para saber de seus irmãos
Como foi cada momento
Nas atitudes que tiveram
E o que se deu em pensamento.
Os dois irmãos não conseguiram
Seu dinheiro duplicar
Tentaram todo comércio
E não saíram do lugar
Ao contrário do mais velho
Aprenderam a reclamar.
Com o tempo passaram a ouvir
Sobre aquele comerciante
Que transportava de barco
Tudo que fosse importante
Da cidade a capital
Já faziam fila gigante.
Este homem desconhecido
Nas vendas dava lição
Incomodava o comércio
Desprovido de ambição
Depois foi que descobriram
Era seu querido irmão.
O sucesso do mais velho
Começou a lhes incomodar
O mais novo ficou triste
Cabisbaixo a protestar
O do meio deixou pra lá
Com muita ira no pensar.
Quanto mais passava o tempo
Mais sua fortuna crescia
Eles muito revoltados
Só falavam com ironia
Até um deles despertar
Desejos de tirania.
O caçula assim falou:
- Nosso irmão é muito sabido
Atormenta meu sossego
Não merece este partido
Vamos pôr naquele barco
Um pacote com explosivo.
O outro irmão lhe respondeu:
- Para ter uma solução
De forma definitiva
Deve ser grande a explosão
Que acabe logo com tudo
E com ela vá nosso irmão.
Eles chamaram um bandido
Para o pacote deixar
Bem meio da embarcação
Na certeza de afundar
Do irmão nunca mais saber
E com sua herança ficar.
O bandido levou a caixa
Confirme foi combinado
Desapareceu depois
Para rumo ignorado
Seguindo Adil com o explosivo
Sem nada ter desconfiado.
Já bem longe da cidade
Um barulho aconteceu
Foi fogo pra todo lado
Muita gente ali morreu
Adil se jogou no mar
Num tonel desfaleceu.
Ele se acordou nas areias
De uma ilha desconhecida
Sem casa para abrigar
Só via coco de comida
Levantou-se atrás de palha
Para arrumar uma guarida.
Depois de passados dias
Adil mudou o paladar
Peixe com frutas silvestres
Gafanhoto, tamanduá
Caranguejo com limão
Manga com maracujá.
Quando à noite ali chegava
Vinha a maior preocupação
Que não era ficar sozinho
Nem morrer de inanição
Tinha os irmãos no pensamento
Saudade no coração.
Perto da margem morava
Para seguro ficar
Até que um dia resolveu
Aquela terra explorar
Botou peixe na sacola
E a fé em primeiro lugar.
Depois de muito rodar
Encontrou um velho no chão
Perguntou o que se passava
Ele estendendo sua mão
Disse que passava fome
Que desse bebida e pão.
Ali comida não tinha
Bebida era somente água
Resolveu lhe dar seu peixe
E partir d'ali sem nada
Encontrar novos caminhos
Continuar sua jornada.
Mais adiante durante a trilha
Teve uma grande surpresa
Viu uma pessoa na lagoa
Morrendo sem ter defesa
Clamando pelo socorro
Afogando com certeza.
Adil pulou na lagoa
De forma desesperada
Puxou pra fora d'ali
A pessoa quase afogada
Pegando na mão ela disse:
- Sou grata, muito obrigada.
Mais adiante na sua
jornada
Depois de passar por um monte
Viu uma idosa sem uma perna
Tentando passar uma ponte
Pegou a velha nos seus braços
E seguiu pra o outro horizonte.
Quando ele chegou ao final
O céu todo escureceu
Da velha cresceu outra perna
O que era cheiro, fedeu
A feição também mudou
Uma bruxa apareceu.
A bruxa falou primeiro:
- Por três vezes tu me viu
Como pessoa precisando
Do perigo não fugiu
Agindo sem ter pensado
Até teu coração abriu.
- Nunca conheci na vida
Uma pessoa com esse amor
Agora caberá a mim
Te consentir algum favor
Aproveite este momento
Peça seja lá o que for.
Adil tinha na sua mente
Apenas um pensamento
Voltar a sua terra natal
Contar seu padecimento
Aos irmãos que deveriam estar
Chorando de sofrimento.
A bruxa, que era versada
Nas artes da negra magia,
Foi rápido lhe falando:
- Não te darei esta alegria
Porque teus irmãos são traidores
Agiram com tirania.
- Tu vais voltar para casa
E lá terá uma surpresa
Encontrará estes irmãos falsos
Não dá forma que deseja
Mas do jeito que eles são
De acordo com a natureza.
Foi ao chão num sono profundo
Como a criança antes do parto
Dormindo para uma vida
Como quem come e está farto
Esperando alguns minutos.
Acordou bem no seu quarto.
Acordou com dois cães negros
Em silêncio lhe vigiando
Levantou-se atarantado
Seus irmãos foi procurando
Por toda cidade andou
Com a tristeza acompanhando.
Lembrou da tal profecia
Que a bruxa lhe conjurou
Voltou rápido a sua casa
Os mesmos cães lá encontrou
E com lágrimas nos dois olhos
Entendeu o que se passou.
A poesia foi terminada
Para Adil se refrescar
Esquecer-se das amarguras
Para seu amigo falar
A estória daquela corsa
E como ali foi parar.
A inveja foi no cordel
Causada por frustração
Sentimento de rancor
Em frente a limitação
Para o ganho de dinheiro
Pelas vitórias de um irmão.
A inveja na nossa vida
Surge de forma inconsciente
Aparece com palavras
Na crítica contundente
Se uma pessoa te incomoda
Tire logo ele da mente.
Não pare a leitura aqui
Procure ler outro cordel
Que conta a estória da corsa
Usada como um troféu
E o sofrimento do amor
Que era doce como mel.
Depois de passar por um monte
Viu uma idosa sem uma perna
Tentando passar uma ponte
Pegou a velha nos seus braços
E seguiu pra o outro horizonte.
Quando ele chegou ao final
O céu todo escureceu
Da velha cresceu outra perna
O que era cheiro, fedeu
A feição também mudou
Uma bruxa apareceu.
A bruxa falou primeiro:
- Por três vezes tu me viu
Como pessoa precisando
Do perigo não fugiu
Agindo sem ter pensado
Até teu coração abriu.
- Nunca conheci na vida
Uma pessoa com esse amor
Agora caberá a mim
Te consentir algum favor
Aproveite este momento
Peça seja lá o que for.
Adil tinha na sua mente
Apenas um pensamento
Voltar a sua terra natal
Contar seu padecimento
Aos irmãos que deveriam estar
Chorando de sofrimento.
A bruxa, que era versada
Nas artes da negra magia,
Foi rápido lhe falando:
- Não te darei esta alegria
Porque teus irmãos são traidores
Agiram com tirania.
- Tu vais voltar para casa
E lá terá uma surpresa
Encontrará estes irmãos falsos
Não dá forma que deseja
Mas do jeito que eles são
De acordo com a natureza.
Foi ao chão num sono profundo
Como a criança antes do parto
Dormindo para uma vida
Como quem come e está farto
Esperando alguns minutos.
Acordou bem no seu quarto.
Acordou com dois cães negros
Em silêncio lhe vigiando
Levantou-se atarantado
Seus irmãos foi procurando
Por toda cidade andou
Com a tristeza acompanhando.
Lembrou da tal profecia
Que a bruxa lhe conjurou
Voltou rápido a sua casa
Os mesmos cães lá encontrou
E com lágrimas nos dois olhos
Entendeu o que se passou.
A poesia foi terminada
Para Adil se refrescar
Esquecer-se das amarguras
Para seu amigo falar
A estória daquela corsa
E como ali foi parar.
A inveja foi no cordel
Causada por frustração
Sentimento de rancor
Em frente a limitação
Para o ganho de dinheiro
Pelas vitórias de um irmão.
A inveja na nossa vida
Surge de forma inconsciente
Aparece com palavras
Na crítica contundente
Se uma pessoa te incomoda
Tire logo ele da mente.
Não pare a leitura aqui
Procure ler outro cordel
Que conta a estória da corsa
Usada como um troféu
E o sofrimento do amor
Que era doce como mel.
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