segunda-feira, 7 de abril de 2014

- RICO OU POBRE, O CEMITÉRIO RECEBE DO MESMO JEITO.





A dor que ensina a viver
Pode provocar sequela,
O vento que apaga a vela
Também ajuda acender,
Um rio depois de encher
Termina perdendo o leito,
Tem tudo o mesmo conceito
Depois de levado a sério
- RICO OU POBRE O CEMITÉRIO
RECEBE DO MESMO JEITO
(Pedro Ernesto Filho)

Quem enaltece a vaidade
E se veste de arrogância
Não sabe da relevância
D’uma vida de verdade,
Pois a lei na realidade
Abrange qualquer sujeito
Morte não tem preconceito,
E não sei se tem critério
- RICO OU POBRE, O CEMITÉRIO
RECEBE DO MESMO JEITO.

(Dalinha Catunda)

Eu sempre me perguntei
Se quando alguém morria
O que era que acontecia
Com o tal fulano, não sei
Procurando muito, achei
Que para qualquer sujeito
Nascido bom ou com defeito
Não existe nenhum critério
- RICO OU POBRE, O CEMITÉRIO
RECEBE DO MESMO JEITO.

Seja rico ou seja pobre
Passa por essa mesma vida
Vivendo com sua medida
Do seu jeito único e nobre
Mas quando morre descobre
O destino do sujeito
Seja cidadão ou prefeito
Deixando de ser mistério
- RICO OU POBRE, O CEMITÉRIO
RECEBE DO MESMO JEITO.

Nós só temos uma certeza
É que a vida tem um norte
Que nos leva para a morte
Faz parte da natureza
E nisso temos clareza.
No mundo qualquer sujeito
Tem tudo o mesmo direito
Não se fazendo mistério
- RICO OU POBRE, O CEMITÉRIO

RECEBE DO MESMO JEITO.

Um comentário:

  1. Este mote foi inspirado no blog de Dalinha Catunda, poetisa cearense, que faz pate da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

    ResponderExcluir