domingo, 13 de abril de 2014

O Raposo e o Bode




Seu Raposo já bem vivido
Foi com o Bode caminhar
Por muitos era conhecido
Pela arte de enganar
Ninguém o considera amigo
De tanto vê-lo aprontar.

Durante esta caminhada
Eles encontraram um poço
Como a sede era gigante
Pularam sem fazer esforço
Bebendo água a se fartarem
No final veio um alvoroço.

- E agora!? Amigo Raposo,
Como nós iremos fazer?
Se ficarmos um tempo aqui
Iremos nós dois morrer.
Tu tens alguma solução
Para isso resolver?

- Oh! Querido amigo Bode
Eu tenho uma sugestão
Tu podes usar os teus chifres
Para me dar um empurrão
Assim que eu sair d'aqui
Te pegarei pela mão.

E assim os dois fizeram
Conforme foi combinado
O Bode fez muita força
Sendo o Raposo empurrado.
Quando se deram por conta
Raposo já tinha pulado.

Seu Raposo fez um gesto
De quem d'ali iria embora.
O Bode quando viu a cena
Fez uma cara de quem chora
Ai pensou neste momento:
"Eita! O que vou fazer agora?"

- Raposo, pra onde tu vais?
Perguntou ele com surpresa
E o Raposo respondeu:
- Amigo, gostou da proeza?
Tu devias pensar nisso
Antes de iniciar a empresa.

E seu Bode ficou pensando
Que mereceu seu castigo
Porque teve confiança
Em quem se fez de seu amigo
Quando na verdade foi
Um meio amigo ou seu inimigo.

Qualquer amizade requer
Entre os amigos a lealdade
Deixando que a convivência
Revele as dificuldades
Por mais que surjam problemas
Ficará a cumplicidade.

Este causo é mais uma fábula
Que ressalta o fingimento
Existindo em alguns
Como forte sentimento
Contada por La Fontaine
Pra nosso divertimento.

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