sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Morte com desespero



O homem deseja ter vida

Vivendo sem muito esmero

Tendo prazer e diversão 

Comendo com bem tempero

Quando chega ao seu final

Tem um sofrer descomunal 

E a morte com desespero.


Quem vive aprende vivendo

Com a visão, o tato e o cheiro

Vai para escola estudar

Mal saindo do galinheiro

Fugindo de funeral 

Tem um sofrer descomunal 

E a morte com desespero.


Por mais que a vida ofereça

Sabedoria sem exagero

Mostrando tudo que pode

Do sentimento ao dinheiro 

Quando mostra o desigual

Tem um sofrer descomunal 

E a morte com desespero.


Não deve ser deste jeito

Como se fosse o primeiro 

Tudo na vida tem tempo 

E momento derradeiro

Entender sem ter moral 

Tem um sofrer descomunal 

E a morte com desespero.


Precisa sair deste clima

De um entender sorrateiro

A razão falando mais alto

Lhe tira deste atoleiro

Quando o pensar diz o banal:

Tem um sofrer descomunal 

E a morte com desespero.


Fabiano Timbó, outubro de 2024.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

O abraço com amor


O abraço será sincero 

Quando dado escondidinho 

Às claras pra todo mundo

Com o padrasto ou com o padrinho 

Ter os braços entre os braços 

É uma forma de carinho.


A saudade quando aperta 

Transborda do coração 

Cai na barriga, vai as pernas

Vai parar lá no pulmão 

Um abraço quando bem dado

É carinho e compaixão.


O abraço será fraterno,

Sacerdotal e educativo 

Quando dado com amor

Nunca será apelativo

Entre amigos, entre irmãos 

Não precisa ser assistido.


O abraço é da cultura

É da pessoa, é do marido 

É da mãe, é da professora 

É do irmão, é do amigo

É da mulher, é da criança 

É de todos sem partido.


O abraço existe assim

Na presença e no calor 

No movimento do corpo 

Com alegria e com esplendor 

Quando sai de espontâneo 

É demonstração de amor.