Embarquei para trabalho
Num avião de uma empresa boa Com este horário de verão Se ninguém sabe, não voaCom cuidado fui subindo Para não ficar onde enjoa.
Todo mundo bem arrumadoCom um ser chamando atenção Uma aeromoça sabão Homo Foi fraterna sensação Quando andava ao corredor Subia o cheiro de espumão.
Tinha um cara do meu ladoBem novinho e almofadinha: - Com licença, por favor.Era toda ladainha Do meu lado sobe um peido Para mim nem uma olhadinha.
No momento deste peido Também veio uma turbulência Fiquei preso na cadeira Sentindo aquela pungência Pedindo a Deus que passasse Tanto o cheiro como a urgência.
Quando o peido ficou forte
Ninguém ali fez alegoria
Olharam todos pra mim
Não fiz cara de alegria
O fulano ali do lado
Nem um momento se mexia.
O rapaz dono do peido
Fez tudinho planejado
Quando o peido dissipou
Como magia foi acordado
Foi jogar do celular
Depois do crime acabado.
De repente uma explosão
Com a diminuição de altura
O ouvido foi se partindo
Sem querer dar abreviatura
Um dia desesperador
Com um pânico sem ternura.
E do pouso vou falar
No final deste momento
Parecia com um carro velho
Dentro do meu pensamento
Coração batendo forte
Quase fui ao falecimento.
Cheguei...
Ao meio caminho.
Pedi a Deus uma oração
Para que Ele me socorra
Outra desta não quero mais
Nesta vida antes que eu morra
Deu vontade de dizer
Acorde e seja homem, p...!
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