terça-feira, 1 de novembro de 2016

A diaba, o amor e a igreja - III

PARTE 3 DE 3

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O diabo baixa a sua guarda
Vai guardando seu tridente 
Olha com serenidade 
E com aquele ar descontente 
Diz: - Dai-me prova de amor
Para me deixar contente.

A diaba é toda coberta 
Por um pensamento ruim
Desaparece alguns momentos 
Volta tocando um flautin 
Num sorriso enlarguecido 
Explica dizendo assim:

- Eu fui ao plano material 
Fazer mais uma estripolia 
A alguns padres cochichei 
Desejos de sodomia
Na mesma hora dei início 
À igreja a pedofilia.

O diabo matutou um pouco
Sobre aquele fato feito 
Era comum lá no inferno 
Onde já existia o conceito 
Na igreja nunca se viu
Para ele estava perfeito.

Quando olhava para a diaba 
Teve pena e disse assim:
- Essa prova foi de amor 
Impossível ser mais ruim
Tu fizeste um grande feito
E o melhor, foi só pra mim.

Ela respondeu para ele:
- Esta prova vai valer 
Se a igreja estiver sem rumo
Só o Papa vai defender 
Agora que já foi feito
Vamos pagar para ver.

O diabo ficou feliz
Com este ato de amor
Governaria com a certeza
De ter padre a seu favor
Viveu feliz eternamente
No aconchego do calor.

Essa estória de traição
Está acabando por aqui
O que agora descobriste 
Não guarde só para si
Este segredo escondido
Foi contado para ti.

A pedofilia já existe 
Desde muito antigamente 
Não era para ter na igreja
Nem existir uma só semente 
Quero alertar a quem puder
Para não ouvir novamente.

Ofereço este cordel
A toda mulher com vida
Entre as espécies foi a primeira 
Que o saber teve partida
Do que uma mulher é capaz
Até Satanás duvida.

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