terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Novembro Azul





A campanha no Brasil
Que acabou ganhando fama
Ficou uma coisa linda
Não é de se jogar na lama
Nomeada por Outubro Rosa
É contra o câncer de mama.

O homem foi desassistido
Ficando de norte a sul
Vendo por televisão
Da América a Istambul
Foi de Maceió que veio
O amado Novembro Azul.

Foi na praia de Pajuçara
Que começou este evento
No começo foi fraquinho
Depois grande movimento
Não ficando esta data
Para nosso esquecimento.

Os profissionais de lá
Arrumaram bem o lugar
Pra receber também os homens
E assim recepcionar
Todo mundo com destreza
Sem ninguém pra atrapalhar.

Foi dentro de uma barraca
Num domingo que fez sol
Escolheram um lugar
Destacaram com lençol
Ficando em reservado
Tal um ninho e seu rouxinol.

Neste lugar bem apertado
Foram os homens ali entrando
Entravam lá desconfiados
Saindo de lá cantando
Devido ao exame de próstata
Que sem pagar saiam lucrando.

Neste mês a fila aumentava
Na cidade de Maceió
Era tanto homem por lá
Que chegava até dar dó
De tanto exame ali feito
Com dedadas no fiofó.

Um domingo depois do outro
Todo mundo lá sem pena
Parecia uma doença ruim
Daquela que se condena
Pense com que se parece
Como quadro de cinema.

Uma coisa muito estranha
A fila lá só crescia
Nunca houve tanta vitória
Um troféu isto merecia
Era tanto homem no mundo
Que uma festa perecia.

Por ter se dado este fato
Uma dúvida ficou:
Será que este interesse
Só agora manifestou?
Ou será que outro motivo
Que a campanha revelou?

É uma dúvida cruel
Que não pude resolver,
Mas também como é que pode
Tanta gente câncer ter?
Ou será curiosidade
Para tanta fila haver?

Outra coisa não pensei
Nem passou pela cabeça
Para não pensar em nada
Que minha fé se estremeça
Vamos deixar isso pra lá
Quem quiser por lá apareça.

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