Às vezes penso comigo
Querendo ter uma visão
De algo presente na vida
Pra fazer composição
E assim vou dando início
Ao processo de criação.
Quando não vejo mais nada
Nesta vida tão terrena
Eu começo a procurar
Outro tipo de emblema
Depois de muito pensar
Começo a fazer meu poema.
Se nesta vida não existe
Nada que me traga sorte
Vou procurar escrever
Algo pra depois da morte
Servindo-me bem este tema
Como a bússola e seu norte.
Se nem vida nem na morte
Eu tenho o que escrever
Passo a pensar nas entidades
E no que vieram fazer
Pedindo para eles próprios
Para inspiração ter.
Quando nada mesmo assim
Surge pra pôr num papel
Eu começo a fazer contas
Que pensei na terra e céu
Peço então a Jesus Cristo
Que me mostre um cordel.
Se depois de tudo isso
Não conseguir fazer nada
Fico igualmente a uma criança
Com cara de assustada
Começo a pensar em algo
De estória encantada.
Se perceber depois disso
Que nada de bom me sai
Vou ficando no meu canto
Sem poder escrever um ai
Guardo tudo com carinho
Da caneta ao caderninho
Tendo fé que um dia sai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário