segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Emancipação Política de Alagoas




Esta é uma terra "boa"
Alguns podem trabalhar
Os poderosos a passear
Passando nas ilhas a canoa
Nas terras entre as lagoas.
Comércio tem muita gente
Passando do expediente
Povo pedindo esmola
Agitando sua sacola
E tomando aguardente.

Não podemos nos esquecer
Que temos saúde melhor
Gente doente que da dó
Tentando nunca adoecer
Para um médico não ver.
Quando se vai ao posto
A fila é de dar desgosto
É tanta gente sem leito
Tamanho o desrespeito
Que o pobre esconde o rosto.

Outra coisa terrível 
É a educação ensinada.
A leitura, que nada!
Ler aqui é coisa impossível
E entender, inadimissível.
Ensinar a tabuada
É coisa já passada
Fazer  multiplicação
É uma terrível missão
Da gente deseducada.


Faculdades são festim
Algumas muito boas
Nas outras o tempo voa
Podem até serem ruins
Só digo que aqui é assim.
Os pobres com pesar pagam
Nossos ricos é quem gozam
Entrando na federal
Da Alagoas capital
E todos assim aprovam.


Infeliz quem na rua andar.
É coisa de cinema!
É preciso estratagema
Para os malocas evitar
E assim poder passar.
É tanto desocupado
Que na rua fica parado
Aguardando um vacilão
Andando em descontração
Para ser logo ladroado.


Políticos milionários
Trabalham por Alagoas
Não querem ficar a toa
Ficam no imaginário
Aumentando seu salário.
Se eles agissem com amor
Sairíamos deste terror
Vivido sem alegria
Fugindo da idolatria
Saindo deste intenso horror.

Essa terra é de festa
Seu nome vou lhe dizer
Pra você nunca esquecer.
Pitanguinha tem seresta
O fim de ano é uma festa.
Lá na Barra é o carnaval
Na Ponta Verde é natal
Nas ruas muita corrida
Na orla a melhor comida.
É a Alagoas fenomenal.


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