domingo, 21 de abril de 2013

A Estória da Lenda das Relíquias da Morte em Cordel


Adaptado por Fabiano Timbó

Eu vou narrar num cordel
Retirado de um recorte
De um livro mui famoso
De um guerreiro bem forte
Comentada em Harry Potter
E as Relíquias da Morte.

Três bruxos bem poderosos
Excelentes em bruxaria
Foram atravessar um rio
Onde há muito se sabia
Ser vigiado pela morte,
Quem passava ali, morria.

Eles, treinados nas trevas
De nada eram temerosos
Criaram juntos um feitiço
Em tudo bem caprichosos.
Decidiram fazer ponte
E passaram vitoriosos.

Em meio as rizadas vilãs,
A morte lhes apareceu.
Fingindo não se importar
Três pedidos concedeu.
Pediu que eles pensassem
No que poderia ser seu.

O primeiro lhe pediu
Uma varinha certeira
Que lhe concedesse tudo
Criada duma Sabugueira
E quem ao bruxo desafiasse,
Ela fosse mais matreira.

E assim a morte concedeu
Criando a Vara do Destino
Quem com o bruxo pelejasse
Receberia um fim genuino
Poderia ser quem quisesse,
Masculino ou feminino. 

O outro bruxo pediu a pedra
Pra poder ressuscitar
Quem já tivesse morrido
Para com ele conversar.
A morte tirou do bolso
Uma pedra pra esfregar.

O terceiro pensou muito
E resolveu lhe pedir
Algo muito mais sutil
Que pudesse lhe acudir
Sobre qualquer situação
Para sumir ou escapulir. 

A morte ai ficou bem triste
Mas teve de lhe entregar
Da sua própia vestimenta
A capa para escapar
Dando invisibilidade
A quem ela pudesse usar.

Assim os três irmãos passaram
Por aquela ponte maldita.
Cada um numa direção
Fugindo da parasita,
Porque os bruxos sabiam que
Com a morte não se credita. 

O primeiro, voltou a casa
Para um bruxo desafiar
E sem nem fazer algum esforço
Do passado se vingar,
Com um pequeno passe mágico
O bruxo foi se afogar.

Foi na calada da noite
Que um bruxo por lá chegou
Querendo a grande varinha
Sua garganta lhe cortou.
Pegou a varinha da morte
E com ela se entrelaçou.

O segundo retornou
A sua cidade natal
Foi rever sua noiva morta
Bem depois do funeral.
Ela fria, seca, sem amor
Nem mesmo fez carnaval.

Ele muito triste e desolado
Vendo que não adiantou
Ficou louco, saiu correndo
Por lá nunca mais voltou.
Alguns semanas após
Com uma faca se matou.

E assim a morte superou
Sobre o primeiro e o segundo,
Foi passando a procurar
O outro irmão moribundo.
Procurou que se cansou
Por todos os confins do mundo.

O terceiro era mais esperto
Não causava confusão
Quando estava em sua casa
Sentindo aproximação,
Vestia-se daquela capa,
Sumia sem aporrinhação.

Assim viveu por vários anos
Até a velhice chegar.
Percebendo-se cansado
E seu corpo já a falhar,
Resolveu procurar a morte
E sua vida lhe entregar.

Esta estória aqui termina
Deixando-nos o pensamento:
"Todo ser humano possui
Amor e desapontamento,
Mas na vida existe uma hora
Que se clama e que se chora
E que acaba o sofrimento"

terça-feira, 16 de abril de 2013

SONETO AO HGE - ALAGOAS


O hospital HGE em Alagoas tem profissionais
Gabaritados, comprometidos
Preparados, destemidos
Que, pelo povo, tomam atitudes fenomenais.

O povo é amontoado dentro do hospital
Não reclama, não blasfema, não fala,
Fica nos corredores, somente se cala
Como se tudo fosse normal, banal, em nada fatal.

A gerência disso tudo é de nosso governador
Eleito pelo povo com grande vibração,
Que gosta de mostrar tudo a sociedade.

O povo amontoado e sofredor
Sente imensa humilhação
E espera do tempo a sua divina piedade.  

terça-feira, 2 de abril de 2013

Pobre sapateiro!





Pode ser mulher ou homem
Mas é um profissional
Que trabalha em extinção
Por causa do capital
Todo mundo usa sapato
Só para dia comercial.

Carnaval exige tênis
Esporte quer agitação
Sapato hoje é coisa rara
Como esporte sem campeão.
D'aqui a bem pouco tempo
Sapateiro será invento
Não veremos sua atuação.

Modernização demonstra,
Sapato sempre haverá
O problema é do povo
Sem ânimo para comprar.
Nem mesmo ele na moda
O povo se incomoda
Sempre termina sem usar.


Casar exige sapato.
É a única situação
Onde se vê muita gente
Usando esta invenção.
Pobre do sapateiro
Vai ficar sem dinheiro
Nessa globalização.


Globalização tem máquinas
Para fazer esta função
Sapateiro sem estudo
Cairá de fome no chão.
Para qualquer trabalho
O estudo é necessário
É preciso ter visão.